‘Arte que toca a Alma’ em São Gonçalo

O Complexo da Alma, localizado em Amendoeira, São Gonçalo, foi palco pela primeira vez de um evento de arte e cultura criado por e para a comunidade
O Complexo da Alma, localizado em Amendoeira, São Gonçalo, foi palco pela primeira vez de um evento de arte e cultura criado por e para a comunidade -
O Complexo da Alma, localizado em Amendoeira, São Gonçalo, foi palco pela primeira vez de um evento de arte e cultura criado por e para a comunidade. Idealizado pelos gêmeos referências no passinho Jeferson Alves, conhecido como Faíska e Wellington Alves, conhecido como Fumassa "Arte que toca a Alma" ocupou de forma inédita o beco da comunidade com exposição fotográfica, além de shows musicais, poesias, passinho, mesa de conversa, além de distribuição de lanches e batalha de TikTok para os pequenos.

Como o próprio nome evoca, "Arte que toca a alma" é sobre plantar uma semente de transformação de vidas, caminho e sonhos das crianças e jovens da região. "Transformar. Fazer com que as crianças tenham um contato natural com a arte, e que possam sentir a esperança de novos caminhos e um futuro melhor, através de uma arte que transforma.", diz Faíska.

Galeria de Fotos

O Complexo da Alma, localizado em Amendoeira, São Gonçalo, foi palco pela primeira vez de um evento de arte e cultura criado por e para a comunidade Barbara Gabrielle / Divulgação
O Complexo da Alma, localizado em Amendoeira, São Gonçalo, foi palco pela primeira vez de um evento de arte e cultura criado por e para a comunidade Barbara Gabrielle / Divulgação
O Complexo da Alma, localizado em Amendoeira, São Gonçalo, foi palco pela primeira vez de um evento de arte e cultura criado por e para a comunidade Barbara Gabrielle / Divulgação
O Complexo da Alma, localizado em Amendoeira, São Gonçalo, foi palco pela primeira vez de um evento de arte e cultura criado por e para a comunidade Barbara Gabrielle / Divulgação


Com a mobilização de artistas, pesquisadores, produtores, jornalistas e ativistas, a programação multimídia cativou o público ao apresentar um universo de possibilidades.

"Com a criação desse projeto nós queremos voltar atenção dos nossos jovens para cultura, apresentar para alguns um novo norte, para outros uma nova visão de vida. Mostrar para todos que a arte e a cultura salvam e mudam vidas!" É o que deseja Fumassa.

Moradora do Complexo da Alma há três décadas, Ingrid da Silva, de 54 anos, prestigiou o evento e relembra emocionada.

“Foi maravilhoso. Foi uma emoção muito grande ver essas crianças assim que a gente vê ‘cotoquinho’, né? E quando olha, estão aí, ó. Não se perderam, né? Estão fazendo sucesso. Independente da nossa cor, que é muito julgada, eles fizeram ao contrário, né? Trazendo para a comunidade uma coisa que a gente nunca esperava. Porque a maioria, quando começa a crescer, mete o pé. Eles não. Ficaram para poder resgatar mais jovens, para crescer junto também.”

O projeto, que ocupa o beco comunidade, propõe também transformar o imaginário que recai sobre o Complexo da Alma, marcado histórica e midiaticamente pela violência. Os gêmeos pretendem realizar o evento a cada dois meses para construir essa nova imagem sobre o território, acompanhem pelo Instagram @artetocaalma. “Quando as pessoas pesquisarem o Complexo da Alma no Google quero que vejam matéria de arte e cultura e não de tráfico, olha o poder que isso tem" almeja Faiska.

Samara Oliveira, editora do PerifaConnection
Isadora Canela, artista visual e produtora cultural

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