Paulinho Mocidade: 'O samba do Caju conquistou o Brasil inteiro'

Paulinho assina o samba na Mocidade
Paulinho assina o samba na Mocidade -

Um dos homenageados no programa "Apoteose do Samba", da TV Globo, que vai ao ar no dia 3 de fevereiro, para celebrar os 40 anos da Sapucaí, o cantor e compositor Paulinho Mocidade vive um momento especial na carreira. Ele é um dos autores do samba-enredo da escola da Vila Vintém e que vem conquistando todos os cantos do país. Confira o papo com o artista.

O que a Sapucaí representa na sua vida, essa avenida, os desfiles?

"Representa muito. Eu estou na Mocidade desde garoto, desfilo praticamente todos os anos. Alguns não porque estive em outras escolas e no período também que eu fui fazer shows fora do país exatamente no dia de carnaval, mas fora isso representa muito. Eu tenho quatro títulos (dois na Mocidade e dois na Imperatriz) que têm um significado gigantesco para mim. Voltei e estamos na Mocidade com nosso samba que está acontecendo no Brasil todo".

Qual foi o maior desfile, na sua opinião, nesses quarenta anos da Sapucaí?

"O 'Vira virou', 'Chuê, Chuá...' foram uma coisa assim... a Mocidade era a escola da moda. Todo mundo queria desfilar na Mocidade, todo mundo. Ainda teve o épico 'Sonhar Não Custa Nada', de 1992, que a gente não se sagrou tricampeã, mas o samba até hoje é sucesso. É um dos sambas mais executados, ficou eternizado. E é considerado por vocês da imprensa como um dos maiores sambas de todos os tempos. Também foi um desfile marcante".

E qual desses sambas que você falou você acha que é o samba que marca esses 40 anos?

"O 'Sonhar Não Custa Nada' é uma coisa assim... Olha, são 31 anos para 32, aonde eu chego para fazer show no Brasil todo, eu não subo no palco a galera já mete: 'Sonhar!' ou então um trechinho do samba 'estrela de luz...'. Eu digo: 'Peraí, calma. Nem começou'. É um samba marcante. Aliás, com um detalhe: a Mocidade 1992 e o Salgueiro 1993 com 'Explode Coração'. Foram as duas grandes vendagens dos discos dos sambas que estão até hoje na boca do povo. Agora, hoje a gente está com um samba nesse nível que é o Caju nosso da Mocidade. Está uma coisa avassaladora, o Brasil inteiro está cantando o samba. Quer dizer, é um samba que vai ficar para a eternidade".

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