O último sábado do mês marcou a reabertura do comércio de rua no Rio de Janeiro, e o dia foi demovimento intenso pelos centro comerciais da capital. Mas, apesar das aglomerações nas ruas, as vendas não corresponderam às expectativas dos lojistas após três meses de quarentena.
Um dos pontos mais movimentados da cidade, Madureira teve uma manhã agitada. Milhares de pessoas aproveitaram para ir ao calçadão, a maioria usando máscaras — ainda que muitas insistam em não cobrir o rosto.
A agitação, porém, não se refletiu em lucro para Deny Martínez, dona de um salão de beleza em uma das áreas mais frequentadas do bairro. "Paradíssimo,calmo demais. Não sei se as pessoas ainda estão assustadas...", relatou.
Já na Saara, o cenário era parecido. Com muitas lojas fechadas, dava para perceber que não era um sábado comum.Embora houvesse muita gente nas ruas,os lojistas continuam sentindo os efeitos da pandemia. Daniela Nascimento, gerente de uma loja de roupas íntimas, torce para que a situação melhore nos próximos dias. "A gente esperava um movimento maior. Espero que dê uma melhorada, porque a gente precisa", disse.
Para Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o maior problema do retorno das atividades tem sido a desorganização."Ninguém é contra a reabertura, mas não pode ser da forma que está sendo feita. A falta de planejamento é o maior problema. Isso passa para a população a impressão de que está tudo resolvido,o que não é verdade", alerta o médico.