Cigarro eletrônicos: Mitos e verdades

Saiba o que é fake e o que é real sobre os produtos cada vez mais consumidos no Brasil

À medida que o consumo cresce, aumentam as dúvidas sobre os vaporizadores, e muitas delas são motivadas por fake news que circulam nas redes sociais
À medida que o consumo cresce, aumentam as dúvidas sobre os vaporizadores, e muitas delas são motivadas por fake news que circulam nas redes sociais -
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O consumo de cigarros eletrônicos no Brasil mais que quadruplicou desde 2018, quando o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) começou a fazer o levantamento anual. Proibidos pela Anvisa desde 2009, os vaporizadores ou vapes, como também são chamados, já são utilizados regularmente por mais de 2,2 milhões de adultos no país. Ainda de acordo com a mais recente pesquisa do Ipec, divulgada em abril deste ano, mais de 6 milhões de adultos fumantes já experimentaram o cigarro eletrônico, em um mercado 100% ilegal no país.
À medida que o consumo cresce, aumentam as dúvidas sobre os vaporizadores, e muitas delas são motivadas por fake news que circulam nas redes sociais. Antes de tudo, é necessário destacar que os cigarros eletrônicos e os produtos de tabaco aquecido são destinados aos adultos que já consomem cigarros tradicionais e desejam uma alternativa de menor risco. O ponto central é que, apesar de não ser inócuo, esse tipo de produto é uma alternativa cientificamente comprovada para redução de riscos à saúde dos fumantes, desde que devidamente regulamentados, ou seja, com regras claras para a fabricação, ingredientes, segurança do produto, fiscalização, entre outros.
Cigarro eletrônico contém mais nicotina que o convencional: FAKE
Em primeiro lugar, é importante saber o que estamos comparando. No Brasil, a regra dos cigarros convencionais determina o limite de 1mg total de nicotina emitido na fumaça. Esse limite emitido na fumaça não pode ser comparado com a concentração de nicotina no líquido dos cigarros eletrônicos. A comparação correta é com a quantidade de nicotina emitida no aerossol do vape.
Outra informação fundamental é que, no Brasil, os produtos não são regulamentados e não há regra para o limite de nicotina.
Estudo científico publicado nos EUA em 2018 e apoiado pelo FDA (agência reguladora) afirma que a nicotina encontrada no corpo humano a partir do consumo de cigarros eletrônicos é menor do que em fumantes de cigarros convencionais.
Vape é opção para adultos fumantes: FATO
Regulamentado em mais de 80 países, com respaldo de estudos científicos independentes e órgãos de saúde pública, o cigarro eletrônico é reconhecido como uma alternativa legítima para contribuir com o abandono do cigarro. Países famosos por políticas restritivas em relação ao tabaco optaram pela regulamentação como parte da estratégia para redução de danos à saúde. A Suécia, por exemplo, celebra o êxito de sua política de saúde pública e está próxima de alcançar uma taxa abaixo de 5% na prevalência de fumantes nos próximos meses, nível reconhecido pela Organização Mundial de Saúde para tornar o país “livre do fumo”.
Cigarro eletrônico é alternativa de potencial risco reduzido: FATO
O principal diferencial do vape na comparação com o cigarro convencional é que nele não há combustão de tabaco, reduzindo significativamente a emissão de substâncias tóxicas e potencialmente tóxicas.
A maior revisão científica já realizada sobre vaporizadores, divulgada pelo Ministério de Saúde da Inglaterra em 2022, confirma que os cigarros eletrônicos representam apenas uma pequena fração dos riscos em comparação com o cigarro tradicional. A conclusão do estudo ressalta que os dispositivos não são isentos de risco.
Regulamentar o cigarro eletrônico significa mais segurança aos consumidores: FATO
De acordo com os especialistas, não é possível calcular os riscos a que estão expostos os 2,2 milhões de consumidores adultos de cigarros eletrônicos no Brasil, em um cenário 100% ilegal. Atualmente, a venda dos vaporizadores é feita sem qualquer controle sanitário. Os produtos são vendidos em redes sociais, baladas, bares, tabacarias, sites e até por aplicativos de entrega, facilitando, inclusive, o acesso a menores de 18 anos, população que jamais deveria ter acesso a esse tipo de produto.
Regulamentados, os cigarros eletrônicos são alternativas de risco reduzido para adultos fumantes em relação ao cigarro convencional, conforme confirmam as pesquisas citadas nesta matéria e muitas outras realizadas ao redor do mundo.
Regulamentar não quer dizer “liberar geral”. A experiência dos outros países demonstra que a criação de regras claras e rígidas permite o acesso de fumantes adultos a produtos com controle sanitário, monitoramento e fiscalização que seguem as determinações das autoridades dos respectivos países. A regulamentação no Brasil deve prever advertências na embalagem, descrição de componentes e controle de concentração de nicotina; além da definição de pontos de venda, distribuição adequada e monitoramento.

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