Rio - Mesmo com o pagamento ontem de R$ 22 milhões de atrasados da Segurança, os vencimentos de janeiro de todo o funcionalismo deverão ser acertados dentro do prazo previsto pelo governo, ou seja, em 16 de fevereiro. Essa é a expectativa de integrantes do Palácio Guanabara, que reafirmaram à Coluna a prioridade no depósito dos salários mensais.

Para acertar janeiro dentro do cronograma, o governo vem contando com dinheiro arrecadado pelo Tesouro Estadual. O próprio governador Luiz Fernando Pezão vem batendo nessa tecla. À Coluna, ele disse, por exemplo, que o pagamento das pendências a policiais civis e militares foi possível porque "a arrecadação aumentou e dá para ter previsibilidade".

E se o depósito de janeiro realmente for feito em dia, será a primeira vez que, desde o agravamento da crise, o estado pagará dentro do prazo sem a ajuda de empréstimos ou outra operação (como a venda da folha, por exemplo). Ou seja, o pagamento será garantido exclusivamente com dinheiro da arrecadação do Tesouro.

Os vencimentos de dezembro foram acertados para todos os 460 mil servidores ativos, inativos e pensionistas em 15 de janeiro, quando caiu o 10º dia útil. Ao todo, foi depositado R$ 1,6 bilhão.

Para isso, o governo fluminense contou não só com recursos da arrecadação tributária, mas também com os R$ 900 milhões provenientes da segunda parte do empréstimo de R$ 2,9 bilhões do BNP Paribas. A primeira parte (no valor de R$ 2 bilhões) havia sido depositada em 20 de dezembro de 2017, e foi destinada ao pagamento do 13º salário de 2016 e do acerto dos salários atrasados de outubro do funcionalismo.

RAS na conta

O governo quitou ontem as pendências do Regime Adicional de Serviço (RAS) para agentes penitenciários, policiais civis e PMs. Os militares também receberam o que restava do Proeis.

Já o que resta do SIM (metas) será pago em quatro parcelas, a partir de fevereiro, sempre no fim do mês.