01 de janeiro de 1970
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GOVERNO VAI MEXER DE NOVO NO CONSIGNADO

Por O Dia

Os brasileiros nunca perdem uma boa oportunidade de avacalhar uma boa ideia. Fizeram isso com o Uber, o The Voice, o Black Friday, o Halloween e agora estão tentando fazer com o crédito consignado.

Criado como o financiamento mais seguro do mercado, graças ao desconto direto na folha de pagamento, o consignado vem revelando brechas preocupantes, capazes de resultar até em aumento de inadimplência. O Banco Central registrou no funcionalismo índice de calote maior (2,5% em agosto, contra 2,3% um ano atrás) tendência diferente da que foi verificada no setor privado, onde a inadimplência caiu (5,2% em agosto de 2016 para 4,5% este ano).

ALEGANDO FALHAS OU IMPRECISÕES

Há, por exemplo, casos cada vez mais reincidentes de servidores que contratam o empréstimo e depois contestam o empréstimo, alegando falhas ou imprecisões. Outros simplesmente transferem a conta salário de banco, sem comunicar ou formalizar a decisão.

O problema é que, quando se faz essa mudança de uma instituição para outra, sem que o banco de origem seja informado, o desconto em folha acaba sendo suspenso, com prejuízos dos dois lados do balcão, inclusive do cliente.

Chegou-se ainda a situações em que o padrão de desconto era alterado quando havia uma redução salarial (por destituição de função comissionada ou outro motivo). Isso, consequentemente, paralisava os descontos, dado que o novo valor para a margem de consignação impedia os novos repasses integralmente. Já está decidido que, agora, o sistema vai proceder os descontos parciais, cabendo ao banco discutir com o cliente como acertar a diferença.

Por fim, o governo federal decidiu tomar medidas administrativas para impedir que a inadimplência dispare e avacalhe mais uma boa ideia essa, genuinamente brasileira.