DÍVIDA NÃO É DÁDIVA DA VIDA

Por O Dia

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Aqui vai mais uma coluna da minha série "Dívida não é dádiva da vida". A nova edição do Feirão Limpa Nome da Serasa, que vai até o dia 30 de novembro, somou mais de 350 mil negociações só nos primeiros cinco dias (06 a 10 de novembro). A versão online do feirão é uma alternativa para que os 61 milhões de brasileiros em situação de inadimplência possam procurar descontos especiais e condições de pagamento diferenciadas e encerrar o ano com a vida financeira mais organizada.

"Este alto número de negociações em poucos dias mostra a preocupação dos brasileiros em resolver suas dívidas, aproveitando as ótimas oportunidades que as empresas participantes estão concedendo", diz o diretor de Estratégia da Serasa Experian, Raphael Salmi. No Feirão Limpa Nome, o consumidor pode negociar diretamente com a empresa participante, o que aumenta as chances de um acordo mais satisfatório para ambas as partes. As negociações com empresas de cartão de crédito, incluindo cartões de loja/varejo, lideram a lista por segmento (32,9%). Depois se destacam bancos e financeiras (24,4%); telecom (21,5%); recuperadoras de crédito (18,6%); e pequenas e médias empresas (2,7%).

Segundo estudo desenvolvido pela área de Decision Analytics, da Serasa Experian, em outubro de 2017, o número de consumidores inadimplentes no país chegou a 61 milhões, 4,45% a mais do que em outubro de 2016, quando eram 58,4 milhões. O montante alcançado pelas dívidas no nono mês deste ano foi de R$ 269,1 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.411,00 por pessoa. De acordo com os economistas da Serasa, o aumento da inadimplência em outubro foi reflexo do Dia Das Crianças, pois, normalmente em meses de datas comemorativas fortes (exceto Natal, ajuado pelo 13º salário), a inadimplência sobe. A maior concentração dos negativados tem entre 41 e 50 anos (19,6%). Em segundo no ranking de participação entre os inadimplentes estão os jovens de 18 a 25 anos (14,5%).

Os números revelam uma realidade triste e perigosa, já alertada aqui em várias edições: "Quando se trata de dinheiro, só dizer o que as pessoas devem fazer não funciona". É preciso que o poder público e a iniciativa privada intensifiquem os esforços a favor de políticas públicas somadas a gestões privadas definitivamente focadas em pelo menos três coisas: educação financeira, Educação Financeira e EDUCAÇÃO FINANCEIRA.

Afinal: "Dádiva da vida é vida sem dívida".

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