De professor a ator na atual trama das 19h
Lecionando em duas escolas municipais, ator fala da import�ncia da cultura na forma��o de jovens
Por BRUNNA CONDINI
A paix�o pelo of�cio � t�o presente na vida de Claudio Garcia, que ele quis exerc�-la na frente e atr�s das c�meras. Professor de Artes C�nicas e ator, o mestre de obras da mina de ferro de Montemor, Helvio, em 'Deus Salve o Rei', afirma que � perfeitamente poss�vel viver os dois 'pap�is'.
"Por enquanto est� dando para conciliar. As dire��es das escolas que trabalho, me apoiam bastante e me ajudam nas trocas de hor�rios de aulas e reposi��es, quando necess�rio. E os alunos s�o muito compreensivos", diz ele, que leciona em duas escolas municipais no Rio.
Claudio conta que quando foi convidado para a trama das 19h, as grava��es j� estavam em andamento, e que por conta disso, n�o participou da prepara��o com o restante do elenco. "� com a chegada de novos cap�tulos, que vou conhecendo melhor o Helvio. Ele � um homem simples que trabalha como mestre de obras na mina e nas horas vagas gosta de beber na Taverna de Matilda (Cristiana Pompeo), por quem nutre uma paix�o. Aos poucos eles v�o se aproximar e logo come�ar�o a namorar", revela.
E sobre a personagem ter fama de 'vi�va negra'?
"A fama � por j� ter 'enterrado' tr�s maridos, e a cada encontro deles, Helvio - que n�o se importa com o passado dela - parece correr perigo. Pelo menos � o que pensam Romero (Marcelo Airoldi) e Lup�rcio (Paschoal da Concei��o), que vivem especulando com Oleg�rio (Aramis Trindade) sobre a maldi��o dos amores de Matilda", diverte-se. E completa:"Espero que a maldi��o seja mesmo uma lenda e que eles sigam felizes at� o fim da novela".
VOCA��O DE F�
Com 20 anos de carreira, o carioca que esteve tamb�m no elenco de 'Os Dias Eram Assim' recentemente, fala com paix�o do projeto que coordena desde 2003. "Dou aulas de audiovisual. Nesse projeto os alunos criam seus roteiros, atuam, dirigem, gravam. J� s�o mais de cem curtas produzidos e muitos deles com premia��es em festivais e mostras estudantis de cinema", conta com orgulho.
E observa a import�ncia da cultura na forma��o dos jovens alunos: "� muito bom ver que a partir das minhas aulas eles podem ter a oportunidade de experimentar este contato com o cinema. Tive alunos que entraram pela primeira vez num cinema para assistir ao pr�prio filme. Outros fizeram sua primeira viagem de avi�o para receber um pr�mio em um festival. Hoje tenho ex-alunos cursando artes c�nicas na Uni-Rio, a mesma faculdade que eu fiz. Muitos tiveram suas vidas transformadas".
No entanto, Claudio lamenta a situa��o da educa��o p�blica no pa�s: "N�o est� entre as prioridades de nossos governantes. Professores n�o s�o valorizados e s�o mal remunerados. Depois de quase 20 anos em sala de aula, percebo que as coisas pioraram muito. Mas eu resisto!"