SOLU��O CONJUNTA
Diante de diminui��o das vendas nas prateleiras, oito redes de supermercados se uniram para negociar junto a fornecedores e oferecer vantagens ao consumidor
Por O Dia
Representantes de oito supermercados desenvolveram uma estrat�gia para se manter competitivos no atual cen�rio de crise econ�mica. Organizadas na central de neg�cios Integra, as empresas criaram uma rede de compras para negociar pre�os mais vantajosos junto a fornecedores. Fazem parte da associa��o as redes varejistas SuperPrix, Rede Princesa, Costazul Multimercado, Supermercados Vianense, Rede Bramil, Supermercado Campe�o, Inter Supermercados e Supermercados Real de Itaipu. Juntas, elas somam mais de 130 lojas no Estado do Rio.
"Com certeza isso vai impactar em redu��o no pre�o final dos produtos nas prateleiras. Comprando em conjunto e em maior volume, conseguimos ter um poder de barganha junto aos fornecedores. Isso se refle no pre�o final, que fica igual ou abaixo do que � praticado no mercado", diz Genivaldo Beserra, que deixou o cargo de diretor-geral da rede Costazul para assumir a presid�ncia da Integra.
Segundo Beserra, a iniciativa vai possibilitar que as empresas retomem suas margens de lucro, que tiveram que ser reduzidas para evitar aumento de pre�os ao consumidor e preju�zos, como encolhimento das redes, redu��o de opera��es e cortes nos quadros de funcion�rios.
"Em rela��o �s pequenas e m�dias redes, � dif�cil acompanhar o pre�o do mercado comprando com menos vantagens que as grandes conseguem. � necess�rio reduzir o lucro para se manter competitivo. Negociando em bloco, vamos reverter essa situa��o", diz Beserra.
ITENS EM NEGOCIA��O
Os produtos que ser�o negociados em bloco pela central de neg�cios Integra s�o aqueles de maior rotatividade nos supermercados. Ronaldo Teixeira, diretor geral da Rede Princesa, aponta itens como carne, arroz e feij�o como os principais a serem negociados em conjunto junto aos fornecedores "Estamos come�ando a buscar, juntos, as condi��es mais vantajosas", diz Teixeira.
Segundo o diretor da Rede Princesa, a negocia��o em conjunto n�o significa perda de variedade nas prateleiras dos supermercados, que continuam operando como empresas independentes. "Criamos uma rede de compras e n�o de vendas. Os produtos j� s�o comercializados nas oito redes que comp�em a central, apenas vamos buscar vantagens ao obt�-los", explica Teixeira, que aponta a queda das taxas de emprego e renda no Estado do Rio como os principais fatores que afetaram a redes varejistas em 2017.
Para M�rio Viana, diretor administrativo da Rede Vianense, os benef�cios obtidos juntos aos fornecedores ser�o revertidos aos clientes n�o apenas em pre�os mais acess�veis. "Retomando o crescimento, poderemos investir mais na qualifica��o de m�o de obra, na contrata��o de funcion�rios e no conforto das lojas", aponta.