Um dia de extremos no clima
Europa sofre com forte ventania; Rússia congela, e tenistas derretem na Austrália
Por O Dia
Amsterdam - Quatro pessoas morreram ontem na Holanda, na Bélgica e na Alemanha devido a violentas tempestades e rajadas de ventos que derrubaram árvores, fecharam estradas e interromperam a circulação de aviões, barcos e automóveis. Transtorno a mais no inverno europeu e asiático, cujas temperaturas não param de cair. Na Rússia, termômetros chegaram a 63 graus negativos. São registros de um planeta cada vez mais desregulado e, na média, mais quente.
"Já foi confirmado que 2015, 2016 e 2017, que se inscrevem claramente na tendência do aquecimento a longo prazo provocado pelo aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa, são os três anos mais quentes registrados até agora", anunciou a Organização Meteorológica Mundial, agência da ONU.
"Apesar das temperaturas mais frias que a média em algumas partes do mundo, o termômetro continuou subindo rapidamente no conjunto do planeta a um ritmo sem precedentes nos últimos 40 anos", indicou o diretor do Goddard Institute for Space Studies da Nasa, Gavin Schmidt.
Ontem, todos os países com costas sobre o mar do Norte sofreram rajadas de vento muito fortes, com picos de 140 km/h, que provocaram graves danos materiais e interromperam durante horas a atividade em aeroportos como o de Amsterdã-Schiphol, além de diversas estações de trem.
Aberto da Austrália a 40°C
Novak Djokovic sofreu na segunda rodada do Aberto da Austrália, sobretudo pelo calor extremo, que chegou a 39°C, em Melbourne. O tenista sérvio, 14º do mundo, superou o francês Gael Monfils, que sofreu com a fornalha. "Eu fiquei muito tonto, tentei esfriar. Mas mesmo com a toalha de gelo, a água, meu corpo estava superquente. Eu estava morrendo na quadra por 40 minutos. Às vezes, colocamos nosso corpo em risco", disse Monfils.