Sagrado Feminino ganha mais adeptas

Nos últimos dias, o assunto esteve em alta após a atriz Bianca Bin declarar que descarta a menstruação nas plantas como forma de ligação com os seus ciclos

Por O Dia

Encontro no Bosque de Arthêmis, em Niterói, reúne mais de 40 mulheres de diversas gerações. Cerimônia 'Mi Sangre' será exportada para Holanda e Itália em fevereiro
Encontro no Bosque de Arthêmis, em Niterói, reúne mais de 40 mulheres de diversas gerações. Cerimônia 'Mi Sangre' será exportada para Holanda e Itália em fevereiro - Divulgação / Marina Cardia / Bosque de Arthêmis

Rio - Em busca da sabedoria feminina ancestral, autoconhecimento, cura por meio das ervas e reconexão com a natureza, o Sagrado Feminino vem ganhando cada vez mais adeptas à filosofia. Nos últimos dias, o assunto esteve em alta após a atriz Bianca Bin declarar que descarta a menstruação nas plantas como forma de ligação com os seus ciclos. O ritual, chamado de 'plantar a lua', é um dos mais comuns entre as praticantes deste estilo de vida.

"É uma expressão recente para uma ritualística ancestral, que envolve uma condução cuidadosa e séria, pois mexe com energias poderosas", comentou a especialista em marketing de moda, Crib Tanaka, 39 anos, que buscou o Sagrado Feminino em abril do ano passado. Ela frequenta o Bosque de Arthêmis, na Região Oceânica de Niterói.

CERIMÔNIA INTERNACIONAL

O espaço dedicado à temática é comandado pela alta sacerdotisa Helena Arádia, com encontros que chegam a receber mais de 40 mulheres de diversas gerações. A cerimônia 'Mi Sangre', realizada no Bosque, já foi levada para o México e, em fevereiro deste ano, será na Holanda e Itália. "O Sagrado Feminino é a essência da força e da ancestralidade da mulher, além da energia feminina que permeia o ser", explicou. 

Segundo Crib, uma das maiores mudanças internas desde que ela começou a frequentar as cerimônias é acreditar mais em sua intuição. "Eu vejo o Sagrado como um reencontro com partes adormecidas, muitas vezes atropeladas pelo mental, por caminhos racionais que não dão conta do que é sentido".

A busca pelo autoconhecimento foi a motivação da advogada Sarah Braga, 36, para seguir a filosofia. "Eu tive uma compreensão maior sobre a beleza e a força que é a menstruação, que é o verdadeiro sangue. Na minha família não era uma coisa muito falada, ainda é um tema muito tabu".

Nas redes sociais, há diversos grupos dedicados ao tema, com dicas sobre ginecologia natural, ervas, práticas holísticas, livros e também histórias pessoais compartilhadas por mulheres. Para a sacerdotisa Helena, o Sagrado Feminino é também uma forma de resgatar a união e a força.

"Há uma dificuldade das mulheres se verem como parceiras, como amigas e isso não é culpa das mulheres e sim do patriarcado que construiu essa mentalidade", afirmou. "Mas tem uma profecia falada em muitas tribos e comunidades que o planeta voltaria para Mãe Terra nos anos 2000", concluiu a alta sacerdotisa.

O Bosque de Arthêmis fica na Rua Augusto Vieira Jacques casa 1395, condomínio Amoli, em Itaipú, Niterói. Mais informações estão na página do Facebook BosquedeArthemis.

*Da estagiária Luana Benedito, sob supervisão de Claudio Souza

Galeria de Fotos

Encontro no Bosque de Arthêmis, em Niterói, reúne mais de 40 mulheres de diversas gerações. Cerimônia 'Mi Sangre' será exportada para Holanda e Itália em fevereiro Divulgação / Marina Cardia / Bosque de Arthêmis
Sagrado feminino FOTOS DE Divulgação / Marina Cardia / Bosque de Arthêmis

Comentários

Últimas de Rio De Janeiro