Roteiro parecido ao de 2011 dá ao Flamengo esperança de final feliz

Há sete anos, time eliminou Botafogo na semifinal e, contra o Boavista, sagrou-se campeão invicto da Taça Guanabara

Por Vitor Machado

Paulo César Carpegiani, técnico do Flamengo, comanda treino no Ninho do Urubu
Paulo César Carpegiani, técnico do Flamengo, comanda treino no Ninho do Urubu - Gilvan de Souza/Flamengo

Rio - Eliminar o Botafogo, numa espécie de decisão antecipada, e, em seguida, sagra-se campeão invicto da Taça Guanabara, contra um time de menor investimento. O roteiro está pronto, mas passa longe do ineditismo. A presença do Boavista na outra semifinal o time de Saquarema enfrentará o Bangu dá à trama ares de vale a pena ver de novo. Em 2011, a conquista do primeiro turno do Carioca, com Ronaldinho e Thiago Neves no comando do "bonde sem freio", seguiu o mesmo script.

Desta vez, há detalhes que aumentam as chances de se repetir o final feliz. O empate garante a vaga ao Flamengo. Já daquela vez, o 1 a 1 diante do Alvinegro transformou o confronto em drama. Nos pênaltis, o time de Vanderlei Luxemburgo fez 3 a 1 e avançou na competição.

O gol de Ronaldinho, em cobrança de falta, selou o título, há sete anos. Na ocasião, o Boavista havia despachado o Fluminense na fase anterior. A equipe de Bacaxá, com melhor campanha que o Bangu, este ano, se classifica em caso de igualdade no placar.

No futebol, no entanto, não há espaço para spoiler. Mesmo com a sensação de déjà vu no ar, a comissão técnica do Flamengo prefere evitar qualquer susto que transforme o enredo em filme de terror. Por isso, a ordem é evitar que a vantagem e eliminação vexatória do Botafogo diante do Aparecidense sejam traduzidas em acomodação.

Diretor da obra em construção, o técnico Paulo César Carpegiani coloca, desde o início da temporada, o foco na Libertadores. O Carioca, a princípio, serve de ensaio. Um fracasso no entanto, pode enfurecer a crítica e a audiência. Afinal, com o elenco mais estrelado do Rio, o protagonismo se torna obrigação.

 

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