Rio - O Senado aprovou na noite desta ter�a-feira o projeto que regulamenta o uso dos aplicativos de transporte no pa�s como Uber, Cabify e 99. Os senadores aprovaram o texto que veio da C�mara com duas principais altera��es: retiraram a exig�ncia da chamada placa vermelha e a obrigatoriedade de que os motoristas sejam propriet�rios dos ve�culos que utilizarem para a comercializa��o do servi�o.

Como foi alterada, a proposta precisa agora ser apreciada novamente pelos deputados. Na vota��o, os parlamentares aprovaram duas emendas acolhidas pelo relator, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), e rejeitaram outras sugest�es de altera��o do texto, como a que limitava a 5% o valor cobrado pelas empresas aos motoristas de aplicativos. O texto-base do projeto foi aprovado por 46 votos favor�veis, 10 contr�rios e uma absten��o. As demais vota��es foram feitas de forma simb�lica, o que gerou confus�es e discord�ncias em plen�rio sobre o procedimento conduzido pelo presidente Eun�cio Oliveira (PMDB-CE).

Tens�o

Durante a discuss�o do projeto, protestos na Esplanada dos Minist�rios ao longo da tarde reuniram 3 mil pessoas, entre taxistas e motoristas de aplicativos. Duas confus�es foram registradas pelas for�as de seguran�a, que chegaram a reter o tr�nsito por alguns minutos. Em uma delas, os taxistas que se dirigiam em dire��o aos motoristas de aplicativos foram contidos com spray de pimenta pela Pol�cia Militar, que prendeu um motorista por desacato.

Dentro do Congresso, o clima tamb�m ficou tenso. Em um dos corredores do Senado, o diretor de comunica��o da empresa Uber, Fabio Sabba, foi agredido com um tapa no rosto enquanto concedia entrevista a um jornalista. Por meio de nota, a Uber repudiou o epis�dio e informou que o funcion�rio passa bem e registrou boletim de ocorr�ncia na delegacia do Senado. "A Uber considera inaceit�vel o uso de viol�ncia. Acreditamos que qualquer conflito deve ser administrado pelo debate de ideias entre todas as partes", afirmou.