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"A nossa prosperidade já é um desacato", diz rapper Orochi

Músico comenta a polêmica em que se envolveu em 2019, com sua prisão, e fala sobre sua carreira e novos projetos no episódio que estará disponível hoje no Globoplay e na sexta, dia 2, no Multishow

Orochi
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No segundo episódio do "Trace Trends', que vai ao ar nesta quarta-feira, dia 30, no Globoplay, e sexta-feira, dia 02, às 17h, no Multishow, Alberto Pereira Jr. entrevista Flávio César Castro, o rapper Orochi. Fenômeno do rap nacional que lançou seu segundo álbum de estúdio, "Lobo', em abril deste ano, soma mais de mais de um bilhão de streams em suas músicas. Natural de uma comunidade de São Gonçalo, a Rio do Ouro e Coruja, ele que começou aos 14 anos a percorrer o circuito de batalhas de rap, fez o seu nome organicamente nas rodas culturais.
Dono dos hits "Amor de fim de noite" e "Balão", o artista figura na lista dos rappers mais ouvidos do país.  Com a carreira consolidada e já conhecido no cenário hip hop por integrar o grupo ModestiaParte, Orochi deu início à carreira solo em 2019, mesmo ano em que foi detido por porte de drogas (cannabis) e desacato à autoridade.
"A nossa prosperidade já é um desacato, automaticamente. Um preto prosperando, usando jóias e roupas maneiras, já está desacatando muita gente. Qualquer coisa que eu tenha dito naquele momento, não queria ofender ninguém, pelo contrário. Estava a caminho de um show, acabei me exaltando. Eu estava errado, isso me prejudicou, mas eu tive a sagacidade do lobo, de saber reverter a situação", observa.
A situação inspirou a música "Balão" e também o novo álbum do artista, Lobo. "Pensamos em segurar o lançamento, até que tudo se normalizasse. Mas então vimos que a pandemia ainda vai se estender e soltamos. Estamos contando com esse álbum, porque a galera está em casa e a arte é o que distrai, vira entretenimento. No final de tudo, o artista não pode ficar parado. O mundo pode estar acabando, mas a gente não pode parar nunca porque muitas pessoas dependem daquilo", comenta Orochi.

O programa traz ainda a pernambucana Kemla Baptista, educadora contadora de histórias, representatividade no esporte com o Ubuntu Esporte Clube, primeiro projeto audiovisual esportivo da Globo criado exclusivamente por jornalistas pretos, e Babu Santana respondendo perguntas de Stella Yeshua em seu quadro "Fala, Babu!".

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