Trabalhar nas obras do Restaurante do Povo Tia Vicentina, em Madureira, é o ganha-pão de Fernando Ramos de Almeida, que mora pertinho dali, na comunidade da Serrinha. Em breve, a expectativa dele será degustar uma comida boa com preço acessível. Aos 48 anos, ele estava há algum tempo vivendo por meio de bicos, até que viu sua sorte mudar no mês de abril. Afinal, praticamente só precisa atravessar a rua para chegar ao novo emprego.
"Este emprego é uma maravilha. Voltei a trabalhar e fiquei mais tranquilo. Estava há muito tempo vivendo de um biscate e outro. Foi uma alegria tremenda, principalmente por ser perto da minha casa. Assim que ficar pronto, vou trazer a família", disse o ajudante de obra.
Ao todo, três unidades de Restaurantes do Povo já estão em reforma: além de Madureira, a de Petrópolis, na Região Serrana, e a de Barra Mansa, no Sul Fluminense, também estão em obras. As intervenções fazem parte do plano de expansão do governo estadual para minimizar os impactos da insegurança alimentar no Rio de Janeiro, afetada, principalmente, durante a pandemia da Covid-19 – o PactoRJ.
"A reconstrução do estado passa também pela área social. O PactoRJ veio neste momento de retomada do Rio de Janeiro. Durante a pandemia, a insegurança alimentar voltou a assombrar os lares fluminenses. Por isso, decidimos expandir o projeto dos Restaurantes do Povo para mais locais do estado porque a dignidade começa com comida no prato para todos", ressalta o governador Cláudio Castro.
Quem também está na expectativa pelo novo Restaurante do Povo de Madureira é a dona Elizabeth Soares. Vendedora ambulante e moradora do bairro, ela tem uma barraquinha de doces quase em frente à unidade.
"É a melhor coisa que vão fazer no bairro, porque vai movimentar a região. Vai favorecer quem trabalha por aqui: os camelôs, como eu, e os lojistas. Sou viúva, moro sozinha e, quando o Restaurante do Povo abrir, não vou mais cozinhar em casa", conta Elizabeth, de 62 anos.
"É a melhor coisa que vão fazer no bairro, porque vai movimentar a região. Vai favorecer quem trabalha por aqui: os camelôs, como eu, e os lojistas. Sou viúva, moro sozinha e, quando o Restaurante do Povo abrir, não vou mais cozinhar em casa", conta Elizabeth, de 62 anos.
As obras das três unidades estão a cargo da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP-RJ), vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Obras. O governo estadual estima que a unidade de Barra Mansa deve ser concluída em maio. Já Madureira e Petrópolis vão ser entregues à população em até 6 meses.
"A EMOP-RJ executa engenharia social e cumpre a sua função de promover a oferta de serviços públicos de qualidade à população, principalmente aos mais carentes, que precisam de serviços básicos para sobreviver", afirma o diretor-presidente da EMOP-RJ, André Braga.
Refeições em Petrópolis
Refeições em Petrópolis
Estadualizado em março, o Restaurante do Povo Regina de Lurdes Vieira, em Petrópolis, está recebendo a primeira reforma na unidade em 14 anos de existência. Mesmo em obras, a produção não foi interrompida. Para manter o serviço na cidade, que foi duramente atingida por fortes chuvas em fevereiro e março, as refeições estão sendo oferecidas em quentinhas nos três horários: café da manhã, almoço e lanche da tarde.
"Com a ampliação, teremos a infraestrutura do restaurante reforçada, o que vai nos permitir aumentar a capacidade de entrega em 50% e servir 3.100 refeições por dia", diz o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Julio Saraiva.
Unidades em funcionamento
Uma das unidades mais aguardadas pela população é a da Central do Brasil, na capital. A licitação para a escolha da empresa para as obras foi realizada em março pela Secretaria de Infraestrutura e Obras. Caso a empresa vencedora seja habilitada, as intervenções devem começar em 20 dias.
"Nossa preocupação é garantir um espaço com boa ventilação e com iluminação eficiente para que os ambientes sejam claros e acolhedores", explica o secretário de Estado de Infraestrutura e Obras, Rogério Brandi.
Uma das unidades mais aguardadas pela população é a da Central do Brasil, na capital. A licitação para a escolha da empresa para as obras foi realizada em março pela Secretaria de Infraestrutura e Obras. Caso a empresa vencedora seja habilitada, as intervenções devem começar em 20 dias.
"Nossa preocupação é garantir um espaço com boa ventilação e com iluminação eficiente para que os ambientes sejam claros e acolhedores", explica o secretário de Estado de Infraestrutura e Obras, Rogério Brandi.
O governo estadual mantém, além de Petrópolis, unidades do Restaurante do Povo em Campos, no Norte do estado, e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Juntas, as três unidades servem 7.500 refeições diariamente.