Rapper mostra a potência do rap afroamazônida em turnê no Rio de Janeiro

Apresentações do artista contarão com participações especiais e serão gratuitas nos Sesc’s de Teresópolis no dia 14/07, e em Nova Friburgo, dia 15/07

MC Super Shock
MC Super Shock -
A turnê "ONMI: O Negro mais Imprevisível" apresenta o repertório que ecoa a jornada do MC Super Shock, um homem negro na Amazônia que desperta de seus sonhos e se depara com uma realidade repleta de contradições. Com seu trabalho musical pela primeira vez no Rio de Janeiro, as apresentações do artista contarão com participações especiais e serão gratuitas nos Sesc’s de Teresópolis no dia 14.07, e em Nova Friburgo, dia 15.07, compondo também a programação do Festival Sesc de Inverno 2023, que entre as atrações musicais estão Fafá de Belém, Simone, Vanessa da Mata, Mart’nália, Paulinho Moska, Luedji Luna, Ed Mota, Terreirada Cearense e mais. Em novembro, o artista se apresenta nos Sesc's de São Gonçalo e Madureira.
Mc Super Shock (PA) mostra o rap conectado à elementos nortistas, principalmente, instrumentos percussivos que acentuam a autenticidade dos ritmos amazônicos. É um artista que mostra diferencial na música e segue em ascensão no cenário musical, demarcando o território da região norte. Sua música é sintetizada a partir de vivências, no eixo norte-nordeste que denota uma perspectiva diferente e real de como lidar com os fantasmas da eugenia. As composições focam no aquilombamento de pessoas pretas e amazônidas assumindo uma posição de resistência à cerca de uma sociedade hegemônica. “As músicas apresentam camadas que de certa forma eu estava vivendo, entre não ser acreditado ou ser dado como falho, bem antes da tentativa, e ainda sim, eu entender todo esse desdobramento de como o racismo afeta a gente e conseguir burlar o sistema e utilizar suas ferramentas pra me salvar.”, afirma o Rapper.
Mc Super Shock apresentará na turnê “OMNI” 09 faixas de trabalhos autorais com exibição simultânea de videoclipes produzidos pelo rapper que também é cineasta. Além disso, conta com a participação de outros MCs e convidados que materializam o fortalecimento das frentes de expressão preta no Brasil. “O show é performático, a música nunca está sozinha, eu faço intervenções com a poesia que conversam com uma sonoridade orgânica de instrumentos clássicos que dificilmente temos acesso fácil na periferia. Eu tento fazer esse contraste de como é viver negro na Amazônia, considerando os muitos recortes na região norte.”, afirma o Rapper. A turnê do artista pelo Rio de Janeiro conta com a produção geral e artística da Negritar Filmes e Produções, produtora audiovisual e cultural de impacto social composta por pessoas negras da Amazônia.

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