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Curso de capacitação para crias do Rio de Janeiro

Por Meia Hora

Publicado às 01/09/2024 07:00:00 Atualizado às 01/09/2024 07:00:00
Stefany Rago continua no projeto como professora e utiliza os conhecimentos adquiridos para gerar renda
A moradora do Complexo da Maré Stefany Rago tinha acabado de concluir o ensino médio e procurava se especializar na área da maquiagem. Mesmo já tendo feito cursos anteriores, a jovem não tinha segurança para trabalhar na área. Essa realidade mudou quando ela conheceu o projeto 'A Arte Gerando Renda'.
Criada pela 'ONG Favela Mundo', em parceria com a prefeitura do Rio e outros órgãos, a iniciativa tem o objetivo de capacitar moradores de periferias a criarem ou expandirem seu próprio negócio. Mais de 7.200 pessoas foram alcançadas pelo projeto, que já passou por nove comunidades da cidade do Rio.
Dentre os alunos, 98% são mulheres, como é o caso de Stefany. "Além do curso de maquiagem, fiz todos que estavam disponíveis. Fui muito acolhida por toda a equipe do projeto. Comecei a desenvolver segurança e, finalmente, a trabalhar", afirma a moradora da Maré.
Atualmente, a maquiadora continua no projeto como professora e utiliza os conhecimentos adquiridos para gerar renda. “Hoje tenho a honra de fazer parte da equipe do projeto atuando como professora de maquiagem social. Também atendo a domicílio e tenho um estúdio de beleza na Vila do João, na Maré”, conta.
As inscrições para a 12ª edição do projeto vão abrir amanhã, dia 2. Serão 200 vagas em cursos gratuitos de maquiagem social e artística, tranças e turbantes, artesanato, decoração de unhas e fantasias e adereços. A iniciativa também inclui palestras sobre criação de CNPJ para microempreendedores individuais, promoção de serviços nas redes sociais e orientações para precificar o trabalho.
Os interessados devem comparecer ao polo da Favela Mundo, que fica no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) XV de Maio, na Rua General Sampaio, número 74, no Caju. As inscrições serão feitas de segunda a sexta, das 10h às 16h, e devem durar até quando as vagas esgotarem. Para participar, o aluno deve ter no mínimo 15 anos, sem limite máximo de idade.
“Fomentamos o desenvolvimento da autonomia de cada participante, mostramos a importância do trabalho em grupo e da criação de cooperativas. Após a profissionalização, a organização coletiva permite que as pessoas formadas tenham mais serviços a oferecer aos clientes e, com isso, mais chance de geração de renda”, afirma Marcello Andriotti, fundador da Favela Mundo.
Stefany incentiva novos alunos a participarem do projeto. “Recomendo o projeto, pois o trabalho deles envolve, além do desenvolvimento para quem busca uma profissão, um acolhimento que nunca vi em outro lugar”, avalia.
 
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