'Egbé Iya Nassô'

Awurê Obá kaô! Awurê Obá kaô!

Vila Vintém é terra de macumbeiro!

No meu Egbé governado por mulher

Iyá Nassô é rainha do candomblé!

Eiêô! Kaô kabesilê Babá Obá!

Couraça de fogo no orô do velho ajapá

A raça do povo do Alafin, e arde em mim

Rubro ventre de Oyó

Na escuridão nunca andarei só

Vovó dizia: Sangue de preto
é mais forte que a travessia!

Saudade que invade!

Foi maré em tempestade

Sopra a ancestralidade no mar (ê rainha)

Preceito é herança sem martírio

Airá guarda seus filhos no ilê da Barroquinha

É a semente que a fé germinou, Iyá Adetá

O fruto que o axé cultivou, Iyá Akalá

Iyá Nassô, ê Babá Assika

Iyá Nassô, ê Babá Assika

Vou voltar mainha, eu vou

Vou voltar mainha, chore não

Que lá na Bahia

Xangô fez revolução

Oxê, a defesa da alma na palma da mão

No clã de Obatossi

Há bravura de Oxóssi no meu panteão

É d'Oxum o acalanto que guarda o otá

Do velho engenho, xirê que
mantenho no meu caminhar

Toca o adarrum que meu orixá responde

Olorum, guia o boi vermelho seja onde for

Gira saia aiabá, traz as águas de Oxalá

Justiça de Ogodô, tambor guerreiro firma o alujá

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