O Chevrolet Cobalt mudou pouco para a linha 2018, mas continua sendo uma das melhores opções quando o assunto é espaço interno. Na versão Elite, testada pelo DIA durante uma semana, o modelo recebeu dois itens de segurança: Isofix e luz de neblina instalada no para-choque traseiro. Com apenas duas versões, os preços partem dos R$ 66.990, na versão LTZ, e alcançam os R$ 74.350, na linha topo (avaliada).
Se comparado com a nova geração do Cruze, o Cobalt mudou pouco visualmente. Mas as alterações trouxeram um novo ar para o modelo, que não era renovado desde a linha 2016. No entanto, o motor continua o mesmo 1.8 8V, capaz de gerar 106 cv de potência e 16,8 mkgf de torque, utilizando gasolina, e 111 cv e 17,7 mkgf, com etanol. Apesar de não ter mudado, o motor não deixa a desejar e parece ter evoluído até o seu limite. A versão é a SPE/4 ECO, substituta da anterior Econoflex.
No teste, rodamos mais de 250 km. No trajeto, aliado ao câmbio automático de seis marchas, conhecido pelo código GF6, o propulsor rendeu um bom número médio de consumo. De acordo com o computador de bordo, 10,8 km/l com utilização de gasolina. Levando em consideração as proporções do grandalhão, o resultado é ótimo.
AVALIAÇÃO NAS RUAS
O trecho percorrido incluiu pistas de longas subidas, como em serras, e cansativos congestionamentos do Centro do Rio. Apesar de ter uma boa resposta em baixas rotações, o câmbio parece demorar a se comunicar com o restante do conjunto mecânico quando o motor é exigido em situações de ultrapassagens e retomadas. O pé do acelerador chega a ir até o fundo para ter uma resposta.
No quesito comodidade, a Chevrolet acertou em cheio. Apesar do elevado giro, o isolamento acústico dentro do carro impressiona pela qualidade. É quase imperceptível ouvir o trabalho do motor. Afinal, o Cobalt é um modelo ideal para estilos de condução mais contidas e sóbrias.
De série, o modelo está equipado com ar-condicionado, direção elétrica, controle automático de velocidade, central multimídia conectável a telefones com sistema Android e IOS, computador de bordo, vidros, travas e retrovisores elétricos, rodas de liga leve aro 15, sensor de estacionamento traseiro e serviço OnStar. Já a versão testada, a Elite, acrescenta bancos com revestimento que imita couro marrom, câmera de ré, sensor de chuva e rodas de liga leve de 16 polegadas.
Em relação ao espaço, o porta-malas conta com excelentes 563 litros de capacidade e entre-eixos de 2,62m. As características estão de acordo com a proposta do sedã compacto de ser um modelo espaçoso. Durante viagem com cadeirinha infantil e três adultos, ninguém sentiu falta de espaço. Os materiais presentes na versão topo testada, a Elite, também ajudam nesse quesito.
O maior pecado da Chevrolet na linha Cobalt é não dar um passo à frente quando a questão é segurança. Isso fica claro quando olhamos a lista de equipamentos e sistemas do veículo e não encontramos itens importantes, como controles de estabilidade, tração e assistentes de partida em rampa, bem como cinto de três pontas e apoio de cabeças para todos os passageiros do carro.