Ministro diz que rompimento de barragem em Mariana foi 'acidente' e 'fatalidade'

Fernando Coelho Filho est� em Nova York e participou de um semin�rio sobre Brasil com investidores

Por O Dia

Nova York - O ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta quarta-feira, em Nova York, que o maior desastre ambiental da hist�ria do Brasil, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, foi um "acidente" e uma "fatalidade".

Sem mencionar a responsabilidade da empresa Samarco na trag�dia, Coelho afirmou que o desastre refor�ou a imagem negativa da popula��o brasileira em rela��o � minera��o. "N�s tivemos recentemente o desastre de Mariana, que n�o contribuiu, mas aquilo tem que ser encarado como foi, de fato foi um acidente. N�s temos que trabalhar para que outros n�o ocorram, mas como uma fatalidade, voc� n�o tem controle sobre isso", declarou a investidores reunidos em semin�rio sobre Brasil promovido pelo jornal "Financial Times".

Coelho Filho disse � plateia que a minera��o � um atividade "mal vista" pelos brasileiros. "Os nossos vizinhos, Argentina, Chile, Peru, Col�mbia se orgulham e promovem a atividade mineral", observou, antes de se referir ao impacto do desastre de Mariana.

O ministro n�o mencionou a neglig�ncia da mineradora Samarco, responsabilizada pela trag�dia em relat�rio da C�mara dos Deputados divulgado em 2016 e assinado pelo atual ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

Fernando Coelho Filho%2C ministro de Minas e Energia, falou que trag�dia da Samarco foi 'acidente'Divulga��o/PSB

O rompimento de uma barragem da companhia, no dia 5 de novembro de 2015, provocou o vazamento de 62 milh�es de metros c�bicos de lama, o que matou 19 pessoas, soterrou centenas de casas, deixou milhares desabrigadas e contaminou o Rio Doce.

Em sua apresenta��o aos investidores, o ministro tamb�m defendeu o decreto que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca). Assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB) em agosto, ele foi substitu�do por outra vers�o. Diante da persist�ncia das cr�ticas, o Minist�rio das Minas e Energia publicou portaria suspendendo os efeitos do decreto por 120 dias. "N�o estamos querendo mexer com �rea ind�gena nem com reserva ambiental", disse Coelho Filho. "Foi este governo que, depois de quatro ou cinco anos de aumento no desmatamento da Amaz�nia, conseguiu reverter a curva e reduzir em 20% o desmatamento de 2016 a 2017."

Segundo ele, a edi��o do decreto gerou debate sobre a legaliza��o da explora��o mineral que ocorre na Renca de maneira ilegal. Agora, ressaltou, o governo ter� a possibilidade de resolver a quest�o em negocia��o com o Congresso.

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