Rastros da lama mortal persistem em Mariana

Trag�dia, que deixou 19 mortos e destruiu um distrito, completa dois anos amanh�, com poucos avan�os nas �reas c�vel e criminal

Por O Dia

Minais Gerais - Cinco de novembro de 2015. O rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, provocou a morte de 19 pessoas e arrasou distritos inteiros. A lama atingiu os principais rios da regi�o. Dois anos depois da trag�dia, a �gua e o solo ainda est�o contaminados, falta vida no Rio Doce e a popula��o ribeirinha sofre com a falta de vida ao redor.

Imagem a�rea mostra a lama no Rio Doce%2C na cidade Resplendor (MG)%2C afetado pelo rompimento da Barragem do Fund�o em MarianaFred Loureiro/Secom-ES

O Subdistrito de Bento Rodrigues acabou. Uma nova Bento est� prometida para ser erguida a cerca de dez quil�metros da antiga. A maioria dos moradores hoje vive em Mariana, em im�veis alugados pela Samarco e recebe ajuda financeira: s�o 8.274 cart�es de um sal�rio m�nimo, mais 20% por dependente e o valor de uma cesta b�sica por m�s.

Doen�as atingiram a popula��o depois da trag�dia, mas a depress�o � o que mais aflige os moradores. A natureza tamb�m espera uma recupera��o que, sem ajuda do homem, demora. S�o 663 km de rios e 1.469 hectares de mata atingidos. A lama atingiu os principais rios da regi�o e chegou tamb�m aos afluentes. Em um dos rios que formam o Gualaxo, que faz parte da bacia do Rio Doce, em Bento Rodrigues, dois anos depois da trag�dia ainda se v� muita lama na margem, s� que na calha no meio do rio a �gua parece limpa transparente, cristalina. S� parece.

A Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton, al�m da companhia contratada VogBR e 22 pessoas, entre dirigentes e representantes, j� respondem a um processo criminal pela morte das 19 v�timas de 5 de novembro de 2015. A acusa��o � de homic�dio com dolo eventual. A a��o � de responsabilidade do Minist�rio P�blico Federal.

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