O deputado Osmar Serraglio (PP-PR) e o empres�rio Joesley Batista, da JBS, ajudaram a piorar o inferno astral vivido pelo senador A�cio Neves (PSDB-MG). O primeiro usou o plen�rio da C�mara para afirmar que sofreu press�es do tucano quando era ministro da Justi�a na tentativa de emplacar um novo delegado da Pol�cia Federal de sua prefer�ncia na Lava Jato.

J� Joesley disse que pagou um "mensalinho" de R$ 50 mil ao senador por 16 meses, de 2015 a 2017, na forma de contratos de publicidade com a r�dio Arco-�ris, repetidora da Jovem Pan da qual A�cio � s�cio.

Segundo Joesley, o valor era utilizado para "custeio pessoal", sem liga��o com campanhas. O senador diz que foram opera��es comerciais comuns.

O nome de Serraglio aparece em grava��es de conversa entre A�cio e Joesley na qual o ent�o ministro � chamado de "bosta do caralho". Para o deputado, essa � a comprova��o de que ele se recusou a ceder �s press�es do senador mineiro.

A�cio, na grava��o, diz a Joesley que estava insatisfeito com Serraglio porque ele n�o controlava a PF e a Opera��o Lava Jato. A partir dessas conversas e de depoimentos da dela��o de executivos da JBS, o Supremo Tribunal Federal aceitou a den�ncia contra A�cio esta semana por tentativa de obstru��o � Justi�a. A den�ncia por corrup��o foi consequ�ncia do recebimento de R$ 2 milh�es do empres�rio por parte do tucano.

"Press�es semelhantes advieram do senador Renan Calheiros, ex-presidente do Congresso, multi-investigado pela PF", continuou o deputado em plen�rio. Renan negou.