Na quadra da Mangueira, a escola vibra pelo 20º título no Carnaval. Aos gritos de "Fica, Leandro", a Verde e Rosa pede que o carnavalesco Leandro Vieira permaneça na agremiação.
"Eu quero ficar, mas isso eu preciso ver com a diretoria", afirmou o carnavalesco. E ainda mandou um recado para Jair Bolsonaro:
Neste ano, a Estação Primeira de Mangueira recontou a História do Brasil por meio de heróis negros e índios. Também homenageou a vereadora assassinada Marielle Franco, com o samba-enredo "História Para Ninar Gente Grande".
"O enredo da Mangueira fala de representatividade, o que é fundamental para essa gente daqui. Esse é um lugar de gente preta e pobre. Lugar em que a cidade e o governo sempre viraram as costas. Quando essas pessoas daqui souberem e aprenderem tudo o que o enredo da Mangueira propõe, elas vão saber os heróis que são", explica Leandro. E a comunidade se enxerga no samba da escola.
"Esse enredo nos representou muito bem. Somos milhares de Marielles e Dandaras nas comunidades do Brasil", disse Maria Catarina, uma das coordenadoras da Ala da Comunidade. Ela dedicou o título ao presidente da agremiação, Francisco de Carvalho, que está em prisão domiciliar.
Selma Santos, outra coordenadora da Ala da Comunidade, afirmou: "Agora o poder público terá de olhar mais para as mulheres e para as comunidades. Somos esquecidos".