Ilu Olokun
Sombrio senhor do mar
Ressoa seu tambor
Pra revelar
A vida mergulhou
Bem lá no fundo
No maior dos reinos
Desse mundo
Guarda nas profundezas,
Seus corais
Farda de correntezas naturais
Reina triunfante majestade
Nas frias águas
Da ancestralidade
Vem da África pelo oceano
É fantástica a magia de lá
O batuque incorporou
É pernambucano
A cultura dessa
Gente a ecoar
E a pele negra feito
Um estandarte
Foi pela cidade,
Meu maracatu
Feito poesia na
Voz do cantador
Cortejo para o rei Nagô
Ê baque virado,
Ô lanceiro real
Um lindo rosário
Vem nos abençoar
Gonguês e agbés
Tocaram em louvor
Chegaram no meu
Rio de Janeiro
Ô gira saia, girou
A secular tradição
No jubileu de ouro
Do meu pavilhão
É o povo da batalha
Na imensidão do mar
Meu samba vai nas
Águas da vitória
O infinito azul
Mareja meu olhar
Pra Sossego fazer história