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Luto! Morre aos 72 anos o cantor e compositor Moraes Moreira

Ainda não se sabe a causa da morte. O artista morreu dormindo

Moraes Moreira lança disco
Moraes Moreira lança disco -
Morreu no Rio de Janeiro o cantor e compositor baiano Moraes Moreira aos 72 anos, na manhã desta segunda-feira. Ainda não se sabe a causa da morte. O artista morreu dormindo. A informação foi publicada pelo blog do Marrom, no jornal baiano 'Correio'. A reportagem tenta contato com a assessoria de Moraes Moreira. 
Na tarde do último dia 18 de março, o artista publicou um cordel em sua conta no Facebook, composto durante os dias de quarentena, na Gávea, Zona Sul do Rio, onde vivia. "Oi Pessoal estou aqui na Gávea entre minha casa e escritório que ficam próximos. Cumprindo minha Quarentena, tocando e escrevendo sem parar. Este Cordel nasceu na madrugada do dia 17, envio para a apreciação de vocês. Boa sorte", escreveu. 

Galeria de Fotos

Moraes Moreira Marcos Hermes
Moraes Moreira Marcos Hermes
Moraes Moreira Marcos Hermes
Moraes Moreira Divulgação/Marcio Almeida
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira FOTOS Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira lança disco Divulgação/Marcio Almeida
Moraes Moreira Divulgação/Marcio Almeida
 
QUARENTENA (Moraes Moreira)

Eu temo o coronavirus
E zelo por minha vida
Mas tenho medo de tiros
Também de bala perdida,
A nossa fé é vacina
O professor que me ensina
Será minha própria lida

Assombra-me a Pandemia
Que agora domina o mundo
Mas tenho uma garantia
Não sou nenhum vagabundo,
Porque todo cidadão
Merece mais atenção
O sentimento é profundo

Eu não queria essa praga
Que não é mais do Egito
Não quero que ela traga
O mal que sempre eu evito,
Os males não são eternos
Pois os recursos modernos
Estão aí, acredito

De quem será esse lucro
Ou mesmo a teoria?
Detesto falar de estrupo
Eu gosto é de poesia,
Mas creio na consciência
E digo não violência
Toda noite e todo dia

Eu tenho medo do excesso
Que seja em qualquer sentido
Mas também do retrocesso
Que por aí escondido,
As vezes é o que notamos
Passar o que já passamos
Jamais será esquecido

Até aceito a Policia
Mas quando muda de letra
E se transforma em milícia
Odeio essa mutreta,
Pra combater o que alarma
Só tenho mesmo uma arma
Que é a minha caneta

Com tanta coisa inda cismo...
Estão na ordem do dia
Eu digo não ao machismo
Também a misoginia,
Tem outros que eu não aceito
É o tal do preconceito
E as sombras da hipocrisia

As coisas já foram postas
Mas prevalecem os reles
Queremos sim ter respostas
Sobre as nossas Marielles,
Em meio a um mundo efêmero
Não é só questão de gênero
Nem de homens ou mulheres

O que vale é o ser humano
E sua dignidade
Vivemos num mundo insano
Queremos mais liberdade,
Pra que tudo isso mude
Certeza, ninguém se ilude
Não Tem tempo, nem idade
Com nome de batismo Antônio Carlos Moreira Pires, Moraes Moreira nasceu na cidade de Ituaçu, na Bahia. Ao se mudar para Salvador, durante a juventude conheceu o compositor Tom Zé. Fundou o grupo Novos Baianos com Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, o qual fez parte entre 1969 e 1975. 
Após seguir carreira solo, Moreira se tornou pioneiro no Carnaval da Bahia, ao ser o primeiro cantor em trios elétricos, no Trio Armandinho, Dodô & Osmar. 'Pombo Correio', 'Eu Sou o Carnaval' e 'Chame Gente', são alguns de seus sucessos.
A última apresentação do artista foi na casa de shows Manouche, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, no dia 13 de março. Data em que vários artistas cancelaram shows por conta da pandemia do coronavírus. No show "ELOGIO Á INVEJA", Moraes cantava, segundo ele, canções que gostaria de ter feito de autores como Herivelto Martins, Lupicínio Rodrigues, Wilson Batista, Assís Valente, Dorival Caymmi, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Garoto, Vinicius de Moraes, entre outros.
 cebook, composto durante os dias de quarentena, na Gávea, Zona Sul do Rio, onde vivia. "Oi Pessoal estou aqui na Gávea entre minha casa e escritório que ficam próximos. Cumprindo minha Quarentena, tocando e escrevendo sem parar. Este Cordel nasceu na madrugada do dia 17, envio para a apreciação de vocês. Boa sorte", escreveu. 

Galeria de Fotos

Moraes Moreira Marcos Hermes
Moraes Moreira Marcos Hermes
Moraes Moreira Marcos Hermes
Moraes Moreira Divulgação/Marcio Almeida
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira FOTOS Marcos Hermes/Divulgação
Moraes Moreira lança disco Divulgação/Marcio Almeida
Moraes Moreira Divulgação/Marcio Almeida
 
QUARENTENA (Moraes Moreira)

Eu temo o coronavirus
E zelo por minha vida
Mas tenho medo de tiros
Também de bala perdida,
A nossa fé é vacina
O professor que me ensina
Será minha própria lida

Assombra-me a Pandemia
Que agora domina o mundo
Mas tenho uma garantia
Não sou nenhum vagabundo,
Porque todo cidadão
Merece mais atenção
O sentimento é profundo

Eu não queria essa praga
Que não é mais do Egito
Não quero que ela traga
O mal que sempre eu evito,
Os males não são eternos
Pois os recursos modernos
Estão aí, acredito

De quem será esse lucro
Ou mesmo a teoria?
Detesto falar de estrupo
Eu gosto é de poesia,
Mas creio na consciência
E digo não violência
Toda noite e todo dia

Eu tenho medo do excesso
Que seja em qualquer sentido
Mas também do retrocesso
Que por aí escondido,
As vezes é o que notamos
Passar o que já passamos
Jamais será esquecido

Até aceito a Policia
Mas quando muda de letra
E se transforma em milícia
Odeio essa mutreta,
Pra combater o que alarma
Só tenho mesmo uma arma
Que é a minha caneta

Com tanta coisa inda cismo...
Estão na ordem do dia
Eu digo não ao machismo
Também a misoginia,
Tem outros que eu não aceito
É o tal do preconceito
E as sombras da hipocrisia

As coisas já foram postas
Mas prevalecem os reles
Queremos sim ter respostas
Sobre as nossas Marielles,
Em meio a um mundo efêmero
Não é só questão de gênero
Nem de homens ou mulheres

O que vale é o ser humano
E sua dignidade
Vivemos num mundo insano
Queremos mais liberdade,
Pra que tudo isso mude
Certeza, ninguém se ilude
Não Tem tempo, nem idade
Com nome de batismo Antônio Carlos Moreira Pires, Moraes Moreira nasceu na cidade de Ituaçu, na Bahia. Ao se mudar para Salvador, durante a juventude conheceu o compositor Tom Zé. Fundou o grupo Novos Baianos com Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, o qual fez parte entre 1969 e 1975. 
Após seguir carreira solo, Moreira se tornou pioneiro no Carnaval da Bahia, ao ser o primeiro cantor em trios elétricos, no Trio Armandinho, Dodô & Osmar. 'Pombo Correio', 'Eu Sou o Carnaval' e 'Chame Gente', são alguns de seus sucessos.
A última apresentação do artista foi na casa de shows Manouche, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, no dia 13 de março. Data em que vários artistas cancelaram shows por conta da pandemia do coronavírus. No show "ELOGIO Á INVEJA", Moraes cantava, segundo ele, canções que gostaria de ter feito de autores como Herivelto Martins, Lupicínio Rodrigues, Wilson Batista, Assís Valente, Dorival Caymmi, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Garoto, Vinicius de Moraes, entre outros.