Douglas Sampaio agora se chama 'Doug', ele é o nosso entrevistado de domingo

Conhecido por seu temperamento forte, mas também com um coração de ouro, Douglas Sampaio, que acabou de mudar seu nome para 'Doug ' é o nosso entrevistado da semana. O bonitão de 28 anos, já fez parte de uma dupla sertaneja, começou a carreira como ator, e já fez papéis marcantes na Rede Globo e Record Tv. Preparando um trabalho solo como cantor, Doug abre sua intimidade para nossa coluna.


Conta um pouco da sua infância na Vila da Penha, zona norte do Rio de Janeiro?
Tive uma infância muito sadia, não era como hoje com tanta tecnologia, as diversões eram jogo de taco, bola de gude, futebol no asfalto (golzinho) era tudo isso misturado com música e arte, desde criança minha mãe sempre me levou para fazer cursos. Meus pais sempre quiseram me mostrar que a vida não se resumia a um bairro e que tem um mundo inteiro pra gente conquistar. Mas amo a vila da Penha , tenho muitos amigos lá e volta e meia tô por ali. É um lugar especial pra mim.

Ali o que o menino Douglas planejava para sua vida?
Planejava e planejo sempre algo maior, não tenho medo de me arriscar a fazer o que eu gosto e o que tá batendo no meu coração. Desde moleque tive banda e fazia shows com 15 anos, nessa fase também já estava fazendo comerciais e fazendo testes para novelas .
Gosto muito de apostar em algo novo, só ganha na loteria quem joga né? Tô jogando sempre, principalmente quando tem arte envolvida, seja atuando ou com música. Recentemente meu novo desafio foi entrar para o cinema e estou muito feliz por mais essa conquista .

Muitos sonhos?
Sempre ! A graça da vida é a gente sempre estar batalhando pela conquista na minha visão , e quando não dá certo serve de aprendizado pra próxima.
Eu me sinto uma criança grande. Se eu não sonhar não tem porque eu estar vivo. Sonhar me motiva a viver.

Como chegou até a Malhação 2011 com destaque para o papel de um pagodeiro?
Fazia testes a mais ou menos 5 anos na globo e eu sempre batia na trave, Até que rolou a oportunidade de uma novela que era a “Fina estampa” , mas por características físicas me recolocaram no personagem “Jefferson” de malhação. Foi meu primeiro trabalho de fato com personagem e com par romântico. Foi uma experiência muito gostosa de aprendizado. Conheci diretores incríveis e vi uma equipe maravilhosa trabalhando muito. Malhação tem equipe reduzida o que faz a gente trabalhar em dobro (risos). A maior coincidência desse trabalho é que eu estava aprendendo a tocar pandeiro alguns meses antes de ser chamado para o personagem que precisava tocar , foi muita coincidência .

Depois, atuou em mais produções na Globo?
Depois fiz participações na segunda fase de “Em Família” e fiz também “salve Jorge”, meu último trabalho na globo infelizmente não foi ao ar . Era um projeto chamado “Doctor Pri” uma série do Aguinaldo Silva .

Muitos lhe conhecem por ter sido o campeão da oitava edição da Fazenda. Como foi essa conquista pra sua vida? O que fez com o dinheiro?
Foi uma experiência mais de autoconhecimento do que qualquer outra coisa. Ganhar sempre é bom! Mas com certeza a experiência teve maior impacto no meu emocional tanto dentro do reality quanto fora. A exposição foi totalmente diferente de quando eu apenas fazia trabalhos como ator. Como estávamos vivendo um momento de integração digital algumas coisas mexiam comigo quando eu lia a meu respeito. Coisa que hoje tornou-se muito mais evidente. Mas para as minhas inseguranças ter ganhado o prêmio e poder ter visto minha postura foi muito satisfatório .

Mas vc participou também do “ Dance Brasil” na Record.Tv; A experiência trouxe a dança para sua rotina?
Eu achava que dançava bem até eu dançar sendo julgado (risos). Foi bom por ter um pouco mais de consciência corporal. Mas confesso que foi doloroso pra mim .Como eu sou apaixonado por gente, o que mais foi legal foi ter feito amizade com o elenco e ter o privilégio de estar toda semana com a Xuxa .

Você sempre foi conhecido por falar o que pensa e por um temperamento explosivo. Isso já lhe atrapalhou em sua carreira? E na vida pessoal?
Então, na verdade me acham explosivo por conta de um reality que viram e acham que sou aquilo 24 horas, lá estávamos numa situação de competição e desconforto a todo momento . Foram 3 meses fazendo coisas que eu nunca tinha feito e recebendo opiniões de pessoas que eu nem conhecia.
Sobre eu falar o que penso é que não consigo seguir na modinha do momento, se acho algo errado eu me posiciono, acho que falta personalidade nas pessoas , principalmente em muitos artistas . Penso que pode ser um 'talvez' medo deles serem demitidos ao discordar de uma emissora. Mas pelo mesmo fato de seguirem a modinha já fui prejudicado.
A maior prova de que as pessoas estão sem personalidade foi o Big Brother. Tanto artista que admiro se perdeu pelo que as pessoas aqui fora podiam achar. As pessoas cobram que sejamos Deuses, mas somos humanos. E errar é humano.
Sobre meu temperamento, já ajudou e já atrapalhou. Hoje em dia mais ajuda que atrapalha, já não sou mais um garoto de 18 (risos).

Como e sua relação familiar?
Muito boa , tanto minha com meus pais, quanto minha com meu filho, não tenho do que me queixar da minha família. Tenho orgulho demais .

Sabemos que está há quase 2 anos namorando com Camila Luna, neta do saudoso cantor Wando. Vai rolar casamento?
A Camilla é uma pessoa incrível que tem pensamentos parecidos com o meu . Ela é muito talentosa inclusive , acho que puxou muita coisa do avô. Ela parece muito comigo na criação em questão de linha de raciocínio . Recentemente lancei um álbum que nós dois praticamente planejamos tudo juntos, desde as letras até a forma de cantar.
Casamento é algo que a gente tem que esperar um pouco, mas tô curtindo muito estar com a Camilla, ela independente de ser minha cônjuge ou não, é uma pessoa que quero por perto pra sempre.

Você já atuou, fez dupla sertaneja e agora, o que anda fazendo? E essa mudança de nome, faz parte de algum projeto?
Foi uma ideia doida que surgiu porque eu ouvi um álbum do Phavanello que estava guardado e eu falei pra ele tocar isso pra frente.. aí ele com a Sylvia Goulart falaram sobre a gente fazer uma dupla. Eu fiquei empolgado por estar fazendo música. A música sempre bateu mais forte no meu coração do que atuar. Apesar da minha praia não ser o sertanejo e ser o rap/ rock/ tanto que o nosso sertanejo era um ROCKNEJO kkkkk.
O trap foi um som que me encantou há 4 anos, e eu resolvi embarcar nessa viagem, que é aonde meu peito bate mais forte. Tem mais a ver comigo, tem mais a ver com meu estilo de ser , tem mais a ver com o que eu penso.
A mudança de nome tem a ver com o momento que estou vivendo , me desprendendo do Douglas que as pessoas construíram pra eu poder ser eu mesmo. Com uma nova identidade.

Para finalizar, nos conte quem é o ‘Doug ‘ de hoje? Aprendeu algo nesse período de quarentena?No início da quarentena fiquei obviamente assustado como todo mundo, com a novidade do vírus que ninguém sabia o que fazer , mas no decorrer não fiquei muito bitolado não, continuei fazendo meus projetos e tenho bastante trabalho pra sair pra rua. Logicamente a minha receita não é mais a mesma, porque nada pode funcionar e eu dependo de lugares públicos e com pessoas para gerar receita. Mas tudo que estou fazendo durante essa pandemia é pra que quando tudo volte ao normal a gente esteja da forma mais insana comemorando em shows . Sobre o aprendizado na quarentena eu tenho a opinião de que é muito mais política do que um vírus. Não desmerecendo as vítimas e familiares do COVID, mas tem gente que também morre de câncer, pressão alta, dengue entre outras doenças . Existem brigas maiores no poder, mas quem infelizmente acaba saindo perdendo é o povo, como sempre!