Grande destaque na edição 2019 do Rock in Rio, o Espaço Favela anda animando o público. Além de um espaço de criatividade e cultura, tem aberto caminho para mensagens de protestos de artistas e população. Um dos que fizeram isso nesta quinta foi o rapper Dughettu, que subiu ao palco usando uma camisa de crochê simbolizando os 80 tiros disparados pelos militares que mataram o músico Evaldo dos Santos Rosa e o catador Luciano Macedo, em Guadalupe.
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Marcello Silva, o Dughettu, contratou a crocheteira Vivi Cunha, de Madureira para fazer a peça e acabou descobrindo que ela também foi mais uma vítima da violência que assola o Rio de Janeiro. - Show de Iron Maiden em São Paulo terá camarote com whisky, gin e cerveja liberada
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Em entrevista ao jornal ‘Extra’, Dughetto contou que o marido da costureira foi assassinado com 11 tiros e que ela disse que sabia muito bem o que representava a marca de uma bala.
“Não é para criar polêmica ou me promover. O que está por trás dos furos além da morte, que já sabemos que ela existe? Eu sou preto. A cada sete minutos morre um cara como eu. E sou cria de Guadalupe, ou seja, poderia ter acontecido comigo ou com meus amigos. Depois dos 80 tiros, quantas histórias de violência urbana já tivemos? Temos que cortar esse sangramento", explica o artista.
Para Dughettu o protesto dele no festival vai muito além da música, junto com o figurino chamativo, ele quer mostrar de uma forma poética o caos da violência urbana.
“Meu show é um manifesto poético sobre a violência urbana. É tudo traduzido nas minhas músicas”, explicou.
Em seu show no Rock in Rio o artista apresentou trabalhos autorais, como o novo single ‘A prova’, para qual o figurino foi feito, e fez uma versão da música ‘Não é sério’ de Charlie Brown Jr.
Em seu show no Rock in Rio o artista apresentou trabalhos autorais, como o novo single ‘A prova’, para qual o figurino foi feito, e fez uma versão da música ‘Não é sério’ de Charlie Brown Jr.