Nesta segunda-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista exclusiva ao apresentador do programa ‘Alerta Nacional’, da Rede TV!, e fez com que Sikêra Jr. explodisse na audiência do horário. A conversa girou em torno da crise do coronavírus no Brasil e de algumas críticas que estão sendo feitas ao presidente durante a pandemia.
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O começo da entrevista foi marcado por problemas técnicos, no qual Sikêra tentou descontrair o público até estabilizar a conexão da ligação.- Imagem original da Padroeira do Brasil vai abençoar brasileiros diretamente de Aparecida
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Após colocar tudo em ordem, o apresentador questionou o presidente sobre ele estar colocando em primeiro lugar a economia do país em detrimento às vidas brasileiras.
O presidente respondeu que ele e o governo estão fazendo de tudo para passar por essa crise sem que o país quebre. Segundo ele, estão trabalhando contra os malefícios causados pelo vírus e pela falta do dinheiro.
Com isso, Sikêra questionou o posicionamento dele em relação à imposição de quarentena feita no país. O presidente se mostrou totalmente contra e voltou a criticar os governadores que estão isolando seus Estados.
O presidente respondeu que ele e o governo estão fazendo de tudo para passar por essa crise sem que o país quebre. Segundo ele, estão trabalhando contra os malefícios causados pelo vírus e pela falta do dinheiro.
Com isso, Sikêra questionou o posicionamento dele em relação à imposição de quarentena feita no país. O presidente se mostrou totalmente contra e voltou a criticar os governadores que estão isolando seus Estados.
"Você não pode impor esse isolamento, como alguns os Estados impuseram, fizeram de forma quase que eterna. As primeiras vítimas, dessa forma de isolamento - porque tem um limite pra acabar, não pode durar muito tempo - foram exatamente os informais", disse Bolsonaro tocando no assunto dos trabalhadores informais que ficarão sem renda.
Neste momento, o apresentador falou sobre a saída do presidente no último domingo (29), para visitar as cidades satélites de Brasília.
Neste momento, o apresentador falou sobre a saída do presidente no último domingo (29), para visitar as cidades satélites de Brasília.
"No domingo fui em Ceilândia. Conversei com o povo na rua, não houve nada preparado da minha parte para que houvesse gente na rua, eles etavam lá”, disse Bolsonaro, referindo-se às pessoas que disseram que foi uma jogado política dele.
Segundo o presidente, ele quis demonstrar que não tem mal nenhum estar nas ruas e que como líder da nação ‘precisa estar ao lado do povo’. Ele disse ao apresentador que tudo o que andam falando na mídia é exagerado e que segundo ‘dados estatísticos’ que ele possui, o problema não é tão ruim assim.
Segundo o presidente, ele quis demonstrar que não tem mal nenhum estar nas ruas e que como líder da nação ‘precisa estar ao lado do povo’. Ele disse ao apresentador que tudo o que andam falando na mídia é exagerado e que segundo ‘dados estatísticos’ que ele possui, o problema não é tão ruim assim.
“O que nós sabemos, e esses dados estatísticos são do mundo todo, é que esse pessoal que tem de 40 anos pra baixo, a letalidade é quase zero. Quem tem 10 anos pra baixo é zero. De 10 a 40, é na ordem de 0,2%”, disse ele sobre a mortalidade do coronavírus.
E continuou tentando ‘explicar’ que o vírus não é o que andam ‘pintando’ na imprensa nacional e internacional.
E continuou tentando ‘explicar’ que o vírus não é o que andam ‘pintando’ na imprensa nacional e internacional.
“É mais ou menos o seguinte, a cada 500 que contrai o vírus, 1 pode realmente perder sua vida e esse 1 geralmente tem outros problemas de saúde. Então não pode impor uma quarentena maior do que já está aí, porque este pessoal vai ter dificuldade pra sobreviver, esses R$ 600 do governo até vai ajudar...”, disse ele, referindo-se ao auxílio aprovado no Congresso para os trabalhadores informais e autônomos no Brasil que ficarão sem renda durante o período de isolamento.
Neste momento Sikêra questionou Bolsonaro sobre a famosa citação dele de que ‘pra quem é atleta como eu, não vai passar de uma gripezinha’. O apresentador então perguntou: “E eu que não sou atleta o que vou fazer?”.
Neste momento Sikêra questionou Bolsonaro sobre a famosa citação dele de que ‘pra quem é atleta como eu, não vai passar de uma gripezinha’. O apresentador então perguntou: “E eu que não sou atleta o que vou fazer?”.
O presidente prontamente respondeu que todo mundo vai pegar o vírus.
“Se você não é atleta e tem problemas de saúde, você vai ter que se preservar e muito. E outra coisa, Sikêra, ninguém tá dizendo, que por exemplo, que você, eu e quem tá nos ouvindo não vai pegar a gripe, esse vírus, né? Essa, essa... Esse vírus. Quase todo mundo vai pegar!”, disse ele.
Logo em seguida ele tentou amenizar a fala tentando explicar o que o governo federal tem feito para que tudo não saia do controle.
Logo em seguida ele tentou amenizar a fala tentando explicar o que o governo federal tem feito para que tudo não saia do controle.
“O que o governo tá tentando fazer, e o que os outros países fizeram, é fazer com que nem todos peguem ao mesmo tempo, porque tem gente que vai precisar de atendimento médico e os hospitais vão estar superlotados. Sem atendimento médico, a tendência de morrer aumenta. Mas essa curva não pode ser esticada de forma tão drástica. Não é questão de atleta”, disse Bolsonaro.
O presidente fez questão de criticar a reportagem publicada pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’ neste domingo que disse que ele teria ido ‘passear’ pelos arredores de Brasília. “Falta de caráter desse jornal”, criticou o chefe da nação.
Boatos e informações privilegiadas
Sikêra Jr. também perguntou ao presidente se ele teria alguma informação ‘privilegiada’ por conta do cargo que ocupa e por ser ex-militar. Afinal, Bolsonaro continua afirmando que a imprensa ‘desenha’ a pandemia pior do que ela é e que não é tão preocupante assim, mesmo indo contra todas declarações das autoridades de saúde do mundo.
“O pânico é uma doença. O povo entrando em histeria, os malefícios desse clima serão muito maiores que o próprio vírus. Eu tenho 65 anos, se fosse algo terrivelmente mortal para mim, obviamente, talvez eu não estaria na rua, mas eu sou o chefe do executivo, sou líder de uma nação, tenho que estar ao lado do brasileiro e é assim que estou me comportando”, disse ele.
Contaminação e menosprezo pelo vírus
Jair Bolsonaro também afirmou que pelo menos 60% da população brasileira vai contrair o coronavírus e falou de forma que isso não fosse tão impactante assim. Afinal, de acordo com o IBGE, os dados de previsão populacional é de que somos um total de 211 milhões de brasileiros. Ou seja, 60% desse número, significa que 126 milhões de brasileiros serão contaminados pelo coronavírus.
“Quero dizer ao povo que esse vírus que pelo menos 60% da população vai contraí-lo, mas logicamente tem que evitar que ele se instale em você, mas não tem que viver em clima de pânico, clima de terror… Pra sair de casa, álcool gel pra dar beijinho na esposa, a esposa no marido. Você tem que tirar esse clima da cabeça, senão você não vive”, disse ele minimizando a previsão do próprio caos citado.
Ele também quis comparar a pandemia do coronavírus em 2020, com a pandemia do H1N1, em 2009. Na época, apelidada de ‘Gripe Suína’, uma nova cepa do vírus já conhecido, Influenza, assolava o planeta e matou milhares de pessoas no mundo inteiro. Porém, Bolsonaro fez uma afirmação sem fundo de verdade. Ele disse que muito mais gente morreu de H1N1 e que ninguém reclamou sobre isso.
Segundos os registros oficiais, que foram publicados pela revista médica ‘The Lancet Infectious Diseases’, os casos confirmados em laboratório da ‘gripe suína’, vitimou cerca de 18,5 mil pessoas entre abril de 2009 e agosto de 2010. Durante essa pandemia, o Brasil registrou apenas 2.060 mortes pelo vírus influenza H1N1 no mesmo período.
Hoje, já existe uma vacina contra essa nova cepa do Influenza e muita gente no mundo inteiro continua sem querer tomar a imunização. Muitos andam pregando o discurso ‘anti-vacina’, citado por muitos eleitores do presidente nas redes sociais. Dizem que elas causam doenças sem nenhuma prova científica e acabam criando um pânico generalizado e afastando quem precisa de ser inoculado.
O Brasil passou a ter vacina contra o H1N1 a partir de 2010 e segundos os dados do próprio governo, já foram imunizadas mais de 92 milhões de pessoas no país inteiro. E todos os anos, novas campanhas de vacinação são realizadas a fim de reforçar a proteção das pessoas, principalmente de crianças e idosos, que fazem parte do grupo de risco da ‘gripe suína’.
“Nos preocupamos? Sim. Esse vírus chegou? Chegou. E vai passar. É enfrentar de cabeça erguida. É como soldado no campo de batalha, tem que enfrentar e ganhar essa guerra. Alguns morreram? Sim, e morrerão. Lamentamos? Lamentamos. Mas não podemos viver nessa histeria em clima de terror. Tem que ser afrouxada alguma coisa para que o desemprego não aumente mais ainda no brasil, pois o dano causados pelo desemprego será muito pior do que os danos causados pelo vírus”, afirmou o presidente Bolsonaro.
E novamente, Bolsonaro, de forma discreta, voltou a criticar o Congresso Nacional. “Após as portas abertas teremos demissões, mas temos que enfrentar, temos que decidir. eu trato da questão da doença, preservação da vida e preservação do emprego. O Congresso não é um Congresso dos sonhos, mas tá fazendo sua parte”, disse ele.
Soltura dos presos
Questionado por Sikêra sobre a possível soltura dos presos das cadeias, a fim de evitar o contágio sem controle por lá, mais uma vez o presidente minimizou o problema. “Se dependesse de mim eu não soltaria ninguém. Tem tudo pra eles lá dentro. eles estão bem protegidos lá dentro, tem comida, estão bem informados, tem tudo pra eles lá dentro”, afirma ele, mesmo sabendo que a maioria dos presídios brasileiros estão em nível máximo de superlotação e precariedade de higiene e alimentação.
Falsos números de mortos
O apresentador relatou um caso de um mecânico que teria morrido de um acidente e que aparentemente foi colocado em seu registro de óbito que teria falecido devida a complicações da COVID-19 e questionou o presidente se realmente existem Estados fazendo a ‘maquiagem’ dos números.
“Não conheço esse fato que citou, mas conheço outros. parece que há interesse por parte de alguns governadores em inflarem os números dos vitimados do vírus, que aí daria mais respaldo pra eles, daria mais recursos federal, para justificar as medidas que tomaram. Agora, nós sabemos que um óbito pode ser lavrado dessa maneira, por outro lado, a imprensa e o governo pega isso e entra como COVID-19. Isso não está certo. Estão fazendo politicagem”, afirmou o presidente, que ainda fez questão de atacar diretamente o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por ter fechado as fronteiras do Estado. “Essas medidas todas que tem que ser evitadas”, finalizou.
O presidente fez questão de criticar a reportagem publicada pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’ neste domingo que disse que ele teria ido ‘passear’ pelos arredores de Brasília. “Falta de caráter desse jornal”, criticou o chefe da nação.
Boatos e informações privilegiadas
Sikêra Jr. também perguntou ao presidente se ele teria alguma informação ‘privilegiada’ por conta do cargo que ocupa e por ser ex-militar. Afinal, Bolsonaro continua afirmando que a imprensa ‘desenha’ a pandemia pior do que ela é e que não é tão preocupante assim, mesmo indo contra todas declarações das autoridades de saúde do mundo.
“O pânico é uma doença. O povo entrando em histeria, os malefícios desse clima serão muito maiores que o próprio vírus. Eu tenho 65 anos, se fosse algo terrivelmente mortal para mim, obviamente, talvez eu não estaria na rua, mas eu sou o chefe do executivo, sou líder de uma nação, tenho que estar ao lado do brasileiro e é assim que estou me comportando”, disse ele.
Contaminação e menosprezo pelo vírus
Jair Bolsonaro também afirmou que pelo menos 60% da população brasileira vai contrair o coronavírus e falou de forma que isso não fosse tão impactante assim. Afinal, de acordo com o IBGE, os dados de previsão populacional é de que somos um total de 211 milhões de brasileiros. Ou seja, 60% desse número, significa que 126 milhões de brasileiros serão contaminados pelo coronavírus.
“Quero dizer ao povo que esse vírus que pelo menos 60% da população vai contraí-lo, mas logicamente tem que evitar que ele se instale em você, mas não tem que viver em clima de pânico, clima de terror… Pra sair de casa, álcool gel pra dar beijinho na esposa, a esposa no marido. Você tem que tirar esse clima da cabeça, senão você não vive”, disse ele minimizando a previsão do próprio caos citado.
Ele também quis comparar a pandemia do coronavírus em 2020, com a pandemia do H1N1, em 2009. Na época, apelidada de ‘Gripe Suína’, uma nova cepa do vírus já conhecido, Influenza, assolava o planeta e matou milhares de pessoas no mundo inteiro. Porém, Bolsonaro fez uma afirmação sem fundo de verdade. Ele disse que muito mais gente morreu de H1N1 e que ninguém reclamou sobre isso.
Segundos os registros oficiais, que foram publicados pela revista médica ‘The Lancet Infectious Diseases’, os casos confirmados em laboratório da ‘gripe suína’, vitimou cerca de 18,5 mil pessoas entre abril de 2009 e agosto de 2010. Durante essa pandemia, o Brasil registrou apenas 2.060 mortes pelo vírus influenza H1N1 no mesmo período.
Hoje, já existe uma vacina contra essa nova cepa do Influenza e muita gente no mundo inteiro continua sem querer tomar a imunização. Muitos andam pregando o discurso ‘anti-vacina’, citado por muitos eleitores do presidente nas redes sociais. Dizem que elas causam doenças sem nenhuma prova científica e acabam criando um pânico generalizado e afastando quem precisa de ser inoculado.
O Brasil passou a ter vacina contra o H1N1 a partir de 2010 e segundos os dados do próprio governo, já foram imunizadas mais de 92 milhões de pessoas no país inteiro. E todos os anos, novas campanhas de vacinação são realizadas a fim de reforçar a proteção das pessoas, principalmente de crianças e idosos, que fazem parte do grupo de risco da ‘gripe suína’.
“Nos preocupamos? Sim. Esse vírus chegou? Chegou. E vai passar. É enfrentar de cabeça erguida. É como soldado no campo de batalha, tem que enfrentar e ganhar essa guerra. Alguns morreram? Sim, e morrerão. Lamentamos? Lamentamos. Mas não podemos viver nessa histeria em clima de terror. Tem que ser afrouxada alguma coisa para que o desemprego não aumente mais ainda no brasil, pois o dano causados pelo desemprego será muito pior do que os danos causados pelo vírus”, afirmou o presidente Bolsonaro.
E novamente, Bolsonaro, de forma discreta, voltou a criticar o Congresso Nacional. “Após as portas abertas teremos demissões, mas temos que enfrentar, temos que decidir. eu trato da questão da doença, preservação da vida e preservação do emprego. O Congresso não é um Congresso dos sonhos, mas tá fazendo sua parte”, disse ele.
Soltura dos presos
Questionado por Sikêra sobre a possível soltura dos presos das cadeias, a fim de evitar o contágio sem controle por lá, mais uma vez o presidente minimizou o problema. “Se dependesse de mim eu não soltaria ninguém. Tem tudo pra eles lá dentro. eles estão bem protegidos lá dentro, tem comida, estão bem informados, tem tudo pra eles lá dentro”, afirma ele, mesmo sabendo que a maioria dos presídios brasileiros estão em nível máximo de superlotação e precariedade de higiene e alimentação.
Falsos números de mortos
O apresentador relatou um caso de um mecânico que teria morrido de um acidente e que aparentemente foi colocado em seu registro de óbito que teria falecido devida a complicações da COVID-19 e questionou o presidente se realmente existem Estados fazendo a ‘maquiagem’ dos números.
“Não conheço esse fato que citou, mas conheço outros. parece que há interesse por parte de alguns governadores em inflarem os números dos vitimados do vírus, que aí daria mais respaldo pra eles, daria mais recursos federal, para justificar as medidas que tomaram. Agora, nós sabemos que um óbito pode ser lavrado dessa maneira, por outro lado, a imprensa e o governo pega isso e entra como COVID-19. Isso não está certo. Estão fazendo politicagem”, afirmou o presidente, que ainda fez questão de atacar diretamente o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por ter fechado as fronteiras do Estado. “Essas medidas todas que tem que ser evitadas”, finalizou.