Em Curitiba, Lula diz que foi preso porque 'elites nunca aceitaram a ascens�o dos pobres'

Ex-presidente l� livros para passar o tempo no c�rcere

Por PAULO CAPPELLI

Brazilian ex-president (2003-2011) Luiz Inacio Lula da Silva gestures after attending a Catholic Mass in memory of his late wife Marisa Leticia, at the metalworkers' union building in Sao Bernardo do Campo, in metropolitan Sao Paulo, Brazil, on April 7, 2018.
Brazil's election frontrunner and controversial leftist icon said Saturday that he will comply with an arrest warrant to start a 12-year sentence for corruption.
Brazilian ex-president (2003-2011) Luiz Inacio Lula da Silva gestures after attending a Catholic Mass in memory of his late wife Marisa Leticia, at the metalworkers' union building in Sao Bernardo do Campo, in metropolitan Sao Paulo, Brazil, on April 7, 2018. Brazil's election frontrunner and controversial leftist icon said Saturday that he will comply with an arrest warrant to start a 12-year sentence for corruption. "I will comply with their warrant," he told a crowd of supporters. / AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL -

Rio - Preso há 11 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Lula disse ontem, ao receber a visita de senadores, que foi condenado "porque as elites nunca aceitaram a ascensão dos pobres". No cárcere, o petista já leu os livros 'A elite do atraso', do brasileiro Jessé Souza, e 'Quem governa o mundo?', do norte-americano Noam Chomsky. Está lendo agora 'Homo Deus: uma breve história do amanhã', do israelense Yuval Noah Harari.

À Comissão de Direitos Humanos do Senado, Lula insistiu que foi preso para não disputar a eleição: "Vai ter que ter muita luta para reconquistar a democracia", afirmou.

Escudeiro

Entre os que fizeram a visita em Curitiba, estava o senador Lindbergh Farias (PT). Ele pretende se candidatar tendo como principal bandeira a defesa de Lula e da gestão do ex-presidente.

Reclamação e mágoa

Presidente da Câmara Municipal, Jorge Felippe (MDB) foi ontem até o prefeito Marcelo Crivella (PRB) reclamar pessoalmente da reestruturação da Secretaria de Conservação e Meio Ambiente, noticiada aqui no Informe. Não conseguiu reverter a perda de influência na pasta. Magoado, acredita que deveria ser tratado com mais consideração após se dedicar à aprovação de projetos importantes como o reajuste do IPTU.

Mais um vereador ouvido

Jorge Felippe depôs ontem à Divisão de Homicídios sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol). Discreto, o chefe do Legislativo carioca entrou pela porta lateral da delegacia.

Libera geral

A Assembleia Legislativa estuda devolver não só os policiais militares que ainda estão por lá, mas todos os agentes de Segurança: bombeiros, policiais civis e agentes penitenciários. A mesa diretora da Alerj chegou a votar ontem pela devolução de 100% dos PMs, mas suspendeu a votação. O novo pacote, que abrange as quatro categorias, será votado na terça.

170 PMs cedidos ao TRE

Deputados reclamavam ontem que a Secretaria de Segurança requereu 87 PMs que atuavam para a Alerj, mas cedeu 170 para o Tribunal Regional Eleitoral: "E isso faltando ainda seis meses para a eleição!", bradou Zito (PP). O envio dos policiais para o TRE-RJ foi avalizado pelo interventor federal, general Braga Netto, no dia 11 de abril.

Resposta

Procurados pelo Informe, TRE-RJ e Secretaria de Segurança elaboraram nota conjunta. Afirmam que a solicitação foi feita ao comando da PM antes da intervenção. E que, após reunião do presidente do TRE, Carlos Passos, com o interventor federal, foi "garantido todo o apoio necessário à realização das eleições." Cedidos por nove meses, os PMs atuarão na fiscalização eleitoral, "coibindo campanhas antecipadas, abusos e garantindo a integridade de urnas, eleitores e candidatos".

Hoje ou amanhã

O botafoguense Crivella tem um encontro previsto com o goleiro Gatito Fernández, ídolo do Alvinegro. O jogador é fiel da Assembleia de Deus no Paraguai. Crivella é amigo do pastor da igreja de Gatito.

Rivalidade extra-campo

O Botafogo superou o Vasco não só no Carioca. A prefeitura e o governo, com Pezão (MDB), são comandados por botafoguenses. O predomínio já foi do Vasco, com Eduardo Paes (DEM) e Cabral.

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