Projeto que aumenta a receita da previdência municipal fica pronto

Município do Rio ainda ouvirá propostas de representantes do funcionalismo que poderão entrar no projeto

Por PALOMA SAVEDRA

Representantes da Prefeitura do Rio em audiência na Câmara dos Vereadores sobre projeto que muda a previdência municipal
Representantes da Prefeitura do Rio em audiência na Câmara dos Vereadores sobre projeto que muda a previdência municipal -

A Prefeitura do Rio enviará à Câmara dos Vereadores, nas próximas semanas, uma proposta que vai garantir mais receita à previdência municipal sem taxar os servidores. O projeto vai alterar a Lei 5.300 de 2011 (de Eduardo Paes), que dispõe do plano de capitalização do Funprevi. Apesar de já estar pronto, o texto ainda poderá receber alguns itens apresentados pelo funcionalismo. Inclusive, o Previ-Rio — que administra o fundo — e a Casa Civil vão se reunir, na segunda-feira, com representantes das categorias para ouvir as ideias propostas por eles.

Pelo texto que já está pronto, o Previ-Rio poderá cobrar dívidas antigas do Tesouro municipal, conforme a Coluna antecipou em 25 de março. Isso seria uma inovação, já que a Lei 5.300 diz que todos os débitos anteriores ao ano de 2011 já estão quitados.

O presidente do Previ-Ri, Bruno Louro, também ressaltou à Coluna que o projeto vai aumentar o valor da contribuição suplementar paga pelo município ao Funprevi. Segundo ele, com a aprovação da proposta pela Câmara, a previdência terá mais R$ 40 milhões de receita por mês.

"O projeto poderá ir ainda este mês para o Legislativo, mas é mais provável que chegue no início de maio", declarou ele, acrescentando que, após o encontro de segunda-feira com os servidores, haverá mais novidades.

"Essa aproximação com o funcionalismo é muito positiva e é fruto de uma ideia da Casa Civil. E esse projeto só comprova que adotamos sim outras ações que não afetam as categorias", disse.

Em 200 meses

Com a revogação do artigo que prevê quitação de dívidas do Tesouro com a previdência, Louro estima que o fundo receba R$ 2,8 bilhões, pagos em 200 meses. Sobre a contribuição suplementar, ele explicou: "A lei diz que é equivalente a 35% da folha bruta dos ativos (R$ 170 milhões mensais). Mas há um teto (de R$ 130 milhões) do que o município pode pagar. E quero acabar com isso".

Mais uma etapa

A revisão da Lei 5.300 é mais uma fase do plano de capitalização da previdência. A primeira etapa foi com a publicação de decreto que regulamenta o abono-permanência e também com a proposta de taxação de inativos (que será reenviada à Câmara). Agora, servidores com abono terão que pagar contribuição previdenciária, o que vai render mais R$ 39,8 milhões para o fundo em 2018.

Feirão deu R$ 390 mil em descontos

O feirão de renegociação de dívidas que servidores da Prefeitura do Rio tinham com a Caixa Econômica Federal terminou ontem e garantiu R$ 390 mil em descontos para o funcionalismo. A campanha começou no dia 2 e abrangeu ativos, aposentados e pensionistas com a redução do valor do débito de até 90% em casos de pagamentos à vista.

435 atendimentos

A ação, batizada de Quitafácil, foi promovida pelo Procon Carioca em parceria com a Subsecretaria de Serviços compartilhados. Ao todo, houve 435 atendimentos entre negociações da Caixa e outros serviços. Além disso, técnicos do órgão de defesa do consumidor trabalharam no local registrando reclamações dos servidores contra empresas.

Dívida total

As dívidas somavam R$ 638.451,44. Após a campanha, esse montante caiu para R$249.957,39, informou o Procon Carioca. Segundo a presidente do órgão, Márcia Mattos, sua equipe fará outros eventos de conciliação com os consumidores. Nessas duas semanas, o evento ocorreu no estacionamento do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), na Cidade Nova.

Mutirão no segundo semestre

Novidades para o funcionalismo municipal e para os consumidores do Rio em geral: está previsto um mutirão de conciliação, para o segundo semestre, com mais de 30 empresas. A informação é da presidente do Procon Carioca, que garante a redução de dívidas que os clientes acumulam com os estabelecimentos. A relação das empresas, porém, ainda não foi divulgada.

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