Ela � uma governanta que faz o trabalho sujo para a antagonista Susana (Alessandra Negrini), em 'Orgulho e Paix�o', da Globo. Mas esque�a o tipo cl�ssico de servi�al submissa, porque Pet�lia (Grace Gianoukas) � desaforada, recalcada, abusada, debochada e ainda se diverte usando os vestidos e joias da patroa quando ela n�o est� em casa.
"A Pet�lia se disfar�a para obter informa��es. � muito divertido porque, para espionar, j� me vesti de militar, m�dica, mendiga e at� motorista. De motorista fiquei parecida com o Get�lio Vargas", brinca Grace, de 54 anos.
RAPAZES
O fato de a personagem n�o ter papas na l�ngua n�o � a �nica raz�o que faz com que Pet�lia tenha tudo para cair no gosto do p�blico. "Ela tem um fraco por rapazes jovens. N�o poder ver um 'gatinho' que j� avan�a (risos). Alguns v�o fugir dela e outros v�o cair no encanto dela, que tem uma l�bia (risos). Ela n�o tem limites, � um pouco iludida, joga para tudo que � lado, o que pegar pegou", diverte-se.
Mas de todos os rapazes do fict�cio vilarejo Vale do Caf�, um em especial faz os olhos de Pet�lia brilharem intensamente. "O alvo preferencial dela � o Ernesto (Rodrigo Simas). Ela baba por ele", conta a atriz, que ficou conhecida na TV pela extravagante Teodora Abdala da novela 'Haja Cora��o', em 2016, na Globo. "Acho que ganhei um p�blico mais pop, um grande p�blico, estou tentando fazer da Pet�lia algo bem diferente da Teodora, com outra pegada, mas engra�ada, uma outra linha de com�dia", explica Grace, muito festejada pelo projeto teatral 'Ter�a Insana'.
FOR�A FEMININA
Al�m de atriz, Grace � diretora, autora e produtora e comemora com orgulho o perfil de sua personagem e de Alessandra Negrini na trama das 18h da Globo. "S�o mulheres sozinhas em um mundo machista, no qual n�o ter homem ao lado te deixa vulner�vel. E elas est�o na sobreviv�ncia, tentando conseguir alguma coisa. Isso � muito bacana. Ela trabalha para a vil� e vai se instalar junto com a Susana na casa da Julieta Bittencourt (Gabriela Duarte). S�o tr�s mulheres, cada uma no seu n�vel e � sua maneira, tentando se impor no mundo machista", defende.
"Essa novela � uma grande homenagem �s mulheres que fizeram hist�ria sem estar exatamente documentadas nos livros. Sabemos que a hist�ria foi contada por homens, mas tivemos muitas mulheres pioneiras e que n�o apareceram", completa.
