Reinaldo Paes Barreto: Vinho Verde n�o � verde

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Vinho verde - coluna Vinho & etc
Vinho verde - coluna Vinho & etc -

O Vinho Verde é chamado de verde por três razões. A primeira porque conta de uma legislação aprovada em 1908 pelo governo português para proteger esses vinhos jovens produzidos no noroeste de Portugal. Só eles (no mundo) podem ser chamados de Vinhos Verdes. A segunda porque verde é o manto que cobre esse vasto território, cobrindo vales e serras que se estende de Entre-Douro até o Minho e de lá até o mar. E a terceira porque o solo dessa região produz uvas ricas em ácidos e pobres em açúcar.

Assim, a fermentação não termina com a vinificação, como é o normal na maioria dos vinhos, e continua dentro da garrafa como nos champanhes. E este ácido málico se transforma em gás carbônico, o que faz com que o vinho apresente na boca o que os enólogos chamam de "agulha" e que lembra as bolhas de um espumante. Eles são secos, com baixa graduação alcoólica e devem ser bebidos logo. As principais castas branca são Alvarinho e tinta Souzão (Vinhos Dona Berta). Os brancos são "moços", vibrantes, com notas minerais que acompanham bem frutos do mar, peixes, ostras e aperitivos. Já o tinto é bem ácido, "musculoso", e enfrenta bravamente um leitão à Bairrada ou uma bacalhoada com mil cebolas.

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