Famoso por participar do Porta dos Fundos, pe�as de teatro e s�ries na TV por assinatura, pela primeira vez, Luis Lobianco far� uma novela: 'Segundo Sol', que estreia segunda-feira, �s 21h, na Globo. "Houve algumas oportunidades (de novelas antes), mas estava fazendo outras coisas, e esse acho que era o momento", conta ele, que foi convidado diretamente pelo autor Jo�o Emanuel Carneiro. "Ele me ligou e falou que pensava em um personagem para mim", conta, orgulhoso.
TEMPO AO TEMPO
O ator de 36 anos defende que tudo acontece no tempo certo. "Eu comecei a trabalhar com alguma maturidade e entendimento da profiss�o, mas foi penoso (risos). Quando fiz 30 anos, cheguei em um momento da minha carreira em que eu parei e pensei: 'Caramba, precisa acontecer alguma coisa porque estou trabalhando demais e o retorno financeiro e o reconhecimento n�o est�o vindo'", lembra Luis Lobianco, sobre o come�o no Porta dos Fundos.
HIST�RIA
Na trama, o ator interpretar� Cl�vis, filho de Nan� (Arlete Salles) e Dod� (Jos� de Abreu) e irm�o de Beto (Emilio Dantas), Ionan (Armando Babaioff) e Remy (Vladimir Brichta). "Ele � o filho mais novo dessa fam�lia, a m�e o paparica e o trata feito crian�a at� hoje. O pai pega no p� e diz: 'Esse cara tem que acordar e ir para a rua, trabalhar'. O Beto � o �dolo. O Cl�vis quer ser como o irm�o, quer cantar tamb�m. Acha que comp�e e toca, e obviamente ele n�o tem o talento do Beto, e isso gera uma comicidade", antecipa Lobianco.
DRAMA
Mas logo nos primeiros cap�tulos, a alegria dar� lugar � dor. A not�cia da queda do avi�o de Beto faz com que a imprensa, a fam�lia e f�s acreditem que o artista morreu, quando, na verdade, ele est� mais vivo do que nunca. "� um personagem c�mico, mas vai se deparar com dramas que v�o colocar essa comicidade de lado. A fam�lia precisa aprender a lidar com a dor, e o Cl�vis tamb�m, � muito sofrido para todos. Aquilo � muito sofrido e doloroso. O tragic�mico que me seduz nesse trabalho", acrescenta.
BAHIA
Para representar uma fam�lia, os atores tiveram tempo para se conhecer. "Gravar viajando � muito importante para a fam�lia porque a gente se conhece mais, esse n�cleo, elenco. Foi delicioso", lembra o ator, que viajou para Porto Seguro e Salvador, ambas cidades baianas. "Uma del�cia gravar l�. Se eu pudesse, gravaria toda semana. Eu acho que � um lugar especial e traz muita coisa para a hist�ria", derrete-se.
Sobre os colegas de elenco, Lobianco s� tem elogios. "Conhecia o Vlad, o Babaioff, mas n�o conhecia a Arlete, nem o Z� e o Emilio. E de cara, a gente deu uma liga, entramos no est�dio mandando ver. Estou muito animado. Estamos cada vez mais pr�ximos", festeja.
SOTAQUE
O sotaque n�o parece que ser� uma quest�o para o ator, que fez aulas de pros�dia junto com os colegas de trama. "A Arlete � pernambucana. Naturalmente, ela vai trazer um pouco do (sotaque) pernambucano para essa fam�lia. Quem garante que essa m�e (Nan�, personagem de Arlete) que mora na Bahia, n�o � pernambucana? O Brasil � assim. N�o mora s� baiano na Bahia. Eu acho que a inten��o do autor e da emissora � retratar uma Bahia ou algumas 'Bahias', mas nunca todas", frisa. "Acho que, com essa colcha de retalhos, vamos montar nossos personagens", afirma.