A primeira vez em novelas

Luis Lobianco, do Porta dos Fundos, viverá irmão do protagonista em 'Segundo Sol'

Por Gabriel Sobreira

Roberta Rodrigues tira selfie no Pelourinho com Armando Babaioff, Luis Lobianco e Arlete Salles -

Famoso por participar do Porta dos Fundos, peças de teatro e séries na TV por assinatura, pela primeira vez, Luis Lobianco fará uma novela: 'Segundo Sol', que estreia segunda-feira, às 21h, na Globo. "Houve algumas oportunidades (de novelas antes), mas estava fazendo outras coisas, e esse acho que era o momento", conta ele, que foi convidado diretamente pelo autor João Emanuel Carneiro. "Ele me ligou e falou que pensava em um personagem para mim", conta, orgulhoso.

TEMPO AO TEMPO

O ator de 36 anos defende que tudo acontece no tempo certo. "Eu comecei a trabalhar com alguma maturidade e entendimento da profissão, mas foi penoso (risos). Quando fiz 30 anos, cheguei em um momento da minha carreira em que eu parei e pensei: 'Caramba, precisa acontecer alguma coisa porque estou trabalhando demais e o retorno financeiro e o reconhecimento não estão vindo'", lembra Luis Lobianco, sobre o começo no Porta dos Fundos.

HISTÓRIA

Na trama, o ator interpretará Clóvis, filho de Naná (Arlete Salles) e Dodô (José de Abreu) e irmão de Beto (Emilio Dantas), Ionan (Armando Babaioff) e Remy (Vladimir Brichta). "Ele é o filho mais novo dessa família, a mãe o paparica e o trata feito criança até hoje. O pai pega no pé e diz: 'Esse cara tem que acordar e ir para a rua, trabalhar'. O Beto é o ídolo. O Clóvis quer ser como o irmão, quer cantar também. Acha que compõe e toca, e obviamente ele não tem o talento do Beto, e isso gera uma comicidade", antecipa Lobianco.

DRAMA

Mas logo nos primeiros capítulos, a alegria dará lugar à dor. A notícia da queda do avião de Beto faz com que a imprensa, a família e fãs acreditem que o artista morreu, quando, na verdade, ele está mais vivo do que nunca. "É um personagem cômico, mas vai se deparar com dramas que vão colocar essa comicidade de lado. A família precisa aprender a lidar com a dor, e o Clóvis também, é muito sofrido para todos. Aquilo é muito sofrido e doloroso. O tragicômico que me seduz nesse trabalho", acrescenta.

BAHIA

Para representar uma família, os atores tiveram tempo para se conhecer. "Gravar viajando é muito importante para a família porque a gente se conhece mais, esse núcleo, elenco. Foi delicioso", lembra o ator, que viajou para Porto Seguro e Salvador, ambas cidades baianas. "Uma delícia gravar lá. Se eu pudesse, gravaria toda semana. Eu acho que é um lugar especial e traz muita coisa para a história", derrete-se.

Sobre os colegas de elenco, Lobianco só tem elogios. "Conhecia o Vlad, o Babaioff, mas não conhecia a Arlete, nem o Zé e o Emilio. E de cara, a gente deu uma liga, entramos no estúdio mandando ver. Estou muito animado. Estamos cada vez mais próximos", festeja.

SOTAQUE

O sotaque não parece que será uma questão para o ator, que fez aulas de prosódia junto com os colegas de trama. "A Arlete é pernambucana. Naturalmente, ela vai trazer um pouco do (sotaque) pernambucano para essa família. Quem garante que essa mãe (Naná, personagem de Arlete) que mora na Bahia, não é pernambucana? O Brasil é assim. Não mora só baiano na Bahia. Eu acho que a intenção do autor e da emissora é retratar uma Bahia ou algumas 'Bahias', mas nunca todas", frisa. "Acho que, com essa colcha de retalhos, vamos montar nossos personagens", afirma.

Galeria de Fotos

Roberta Rodrigues tira selfie no Pelourinho com Armando Babaioff, Luis Lobianco e Arlete Salles João Cotta/TV Globo
Clovis (Luis Lobianco) João Cotta/TV Globo

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