'Frente Rio' contra a reforma pressiona deputados

Integrantes do grupo estar�o amanh�, no in�cio da manh�, no embarque do Santos Dumont, e depois ir�o a ato na Cinel�ndia

Por O Dia

'Frente Rio contra a Reforma' j� fez ato no aeroporto e voltar� a pressionar deputados no embarque
'Frente Rio contra a Reforma' j� fez ato no aeroporto e voltar� a pressionar deputados no embarque - divulga��o

A intervenção federal na Segurança Pública do Rio não desmobilizou o funcionalismo estadual, que teme o avanço da Reforma da Previdência pelo Congresso a qualquer momento. A possibilidade de suspensão do decreto para possibilitar a votação da PEC 287/2016 pelo Congresso preocupa as categorias. E, amanhã, entidades que compõem uma frente contra a proposta estarão em peso em dois atos na tentativa de pressionar parlamentares fluminenses a vetarem o texto. Alguns líderes, inclusive, irão a Brasília esta semana.

A 'Frente Rio contra a Reforma' também conta com entidades de servidores federais e do setor privado. E a mobilização de servidores estaduais tem motivo: mesmo que o texto trate do funcionalismo federal, estados e municípios terão que adaptar suas regras à Constituição Federal. Ou seja, a PEC afeta todos entes da Federação.

Integrantes da Frente estarão a partir das 5h no Aeroporto Santos Dumont com faixas e cartazes em tom crítico à reforma. Às 16h, eles se juntarão a um ato maior, com o mesmo tema, que ocorrerá na Cinelândia.

Um dos representantes do grupo, Ramon Carrera do Sind-Justiça , declarou que o aeroporto será um dos pontos mais 'visitados' pelos manifestantes, tanto no embarque quanto no desembarque. A intenção é pressionar os deputados federais do Rio que passam pelo local.

"Embora saibamos que o governo não tem os votos necessários, precisamos nos manter vigilantes. Vamos cobrar de deputados no embarque do aeroporto", declarou Carrera, acrescentando que, por ser um ano eleitoral, os parlamentares poderão ser convencidos. "Nós, servidores públicos, estamos sendo colocados como vilões e privilegiados. Lembro que não temos FGTS e a reposição salarial (no estado) não acontece há pelo menos quatro anos".

Temer e Maia acusam servidores p�blicos de serem privilegiados

Com a PEC 287, o governo Temer pretende igualar as regras para a aposentadoria de trabalhadores do servi�o p�blico e do setor privado. O presidente Michel Temer vem usando como argumento que "s�o contr�rios � reforma os funcion�rios p�blicos privilegiados".

O discurso tem coro do presidente da C�mara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar voltou a declarar, no segundo dia de desfiles na Sapuca�, que n�o poupar� esfor�os para conseguir apoio � proposta. E falou, novamente, em mobilizar governadores, j� que "estados e munic�pios perderam a capacidade de investimentos". A ideia � fazer com que eles conven�am as bancadas de seus estados.

Tamb�m integrante da Frente, Marta Moraes (Sepe) ressaltou que a participa��o de diversas categorias refor�a a rejei��o ao texto: "N�o vamos aceitar nenhuma perda de direitos". "Mesmo com a interven��o, devemos nos manter em alerta em defesa de nossa previd�ncia", exclamou M�rcio Garcia, presidente do Sindpol e membro do grupo. Ele afirmou que ir� � capital federal acompanhar o andamento da PEC.

As altera��es das regras para aposentadoria do funcionalismo incluem a idade m�nima e a f�rmula de c�lculo do benef�cio. A proposta equipara, progressivamente, a idade m�nima � do Regime Pr�prio de Previd�ncia Social (RPPS), chegando a 62 anos para mulheres e 65 para homens.

A integralidade ser� mantida de forma restrita: s� para quem entrou no servi�o p�blico antes de 2003 e tiver atingido a idade m�nima.

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