Rio - A retomada das obras no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), em Itaboraí, começou a sair do papel. E acontece no momento em que o desemprego atinge 13,1 milhões de pessoas no país, conforme anunciou ontem o IBGE. Assim, quem está desempregado deve ficar atento para a abertura de novos postos de trabalho. A assinatura de contrato entre Petrobras e Sociedade de Propósito Específico (SPE) resultará no investimento de R$ 1,95 bilhão para construir a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no município da Região Metropolitana. A estimativa é que sejam gerados 2,5 mil vagas com as obras.
A Sociedade de Propósito Específico é composta pela empresa chinesa Shandong Kerui Petroleum e a brasileira Método Potencial, que ficarão responsáveis pela contratação e treinamento de mão de obra. Ainda não há previsão para o início do recrutamento de pessoal.
O contrato foi assinado na última quarta-feira e a UPGN faz parte do projeto Rota 3, que garantirá o escoamento da produção de gás natural de campos do pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com a Petrobras, as obras começam ainda no primeiro semestre de 2018.
A retomada do Comperj poderá gerar até 5 mil empregos diretos. Os trabalhos estão parados desde 2015. Há previsão de outras obras, entre elas a da Central de Utilidades, para fornecer serviços e produtos (energia, e água, por exemplo), e gasodutos.
A nova unidade em Itaboraí, segundo a Petrobras, será a maior processadora de gás do país. Terá capacidade de absorver mais de até 21 milhões de m³ por dia. A estatal informou que o projeto ampliará a infraestrutura de escoamento e processamento de gás do pré-sal, subindo de 23 milhões, para 44 milhões de m³ por dia.
Com a entrada em operação da unidade, haverá redução de importação de gás natural, assim como viabilizará o aumento da produção de óleo do pré-sal, devido ao aumento do processamento de gás associado ao petróleo na região.