O que fazer para descolar aquela graninha extra no Dia das Mães? Um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) serve de estímulo para os empreendedores que pretendem aproveitar o feriado para sair do sufoco. Segundo a entidade, a maior data comemorativa do comércio depois do Natal deve movimentar R$ 9,4 bilhões em produtos e serviços, uma cifra 4,3% maior em comparação ao mesmo período do ano passado. O principal fator para esse aumento real de faturamento é a inflação baixa, diz o estudo. De carona no momento favorável, especialistas e empreendedores dão dicas de bons negócios.
Alexandre Pedro, especialista em finanças, chama a atenção para os ramos de bens e serviços. "No ramo da beleza, do artesanato e dos bens e serviços, a presença feminina é muito forte. Mas, por causa da crise, vemos muitos homens cozinhando e fazendo trabalhos manuais para produzir artesanato", observa o especialista.
Paulo Alfeu se encaixa nesse perfil. Ele produz caixas de papelão sob encomenda para produtores de eventos, empresas e fabricantes de joias. O artesão trabalha em casa, em Jacarepaguá, e garante o sustento a partir da própria técnica que desenvolveu. Paulo chegou a criar uma vincadeira de papel exclusiva, que lhe rendeu registro de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi). Na semana que vem, o artesão dará um aulão na loja Caçula, no Centro, para ensinar a técnica ao público. A oficina é focada na embalagem de presentes para o Dia das Mães. "As pessoas estão buscando no artesanato uma forma de empreender. A procura por nosso curso tem crescido muito nos últimos meses", diz o artesão, que desenvolveu a técnica em 2000, após ficar desempregado.
TURISMO COM A MÃE
O Dia das Mães não movimenta apenas o comércio. A data comemorativa também pode ser um bom pretexto para quem quer presentear a mãe com uma viagem em família. Empresária da Qualité Turismo, Fabiana Carvalho diz que os clientes costumam procurar por viagens em estados do Nordeste nessa época do ano. Fabiana começou na área com uma excursão para fazer uma grana extra.
"Aos 16 anos, decidi que essa experiência deveria alcançar mais pessoas. Organizava as viagens da família e hoje atendo mais de mil clientes por ano", afirma a empresária.