Em entrevista à rádio Nova Brasil FM, na manhã desta terça-feira, 25, o candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva destacou os principais pontos da política econômica a ser implementada em um eventual governo. Segundo o petista, a prioridade será garantir o pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 600, acrescido de R$ 150 por filho, além da retomada de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) paralisadas ou já licitadas e ainda não iniciadas.
Com relação à origem dos recursos, já que a margem para investimentos do governo federal é limitada, Lula explicou que pretende remanejar verbas do Orçamento, negociando com o Congresso Nacional e envolvendo os governadores no debate sobre as prioridades de cada estado.
“Quando assumi o meu primeiro mandato, diziam que não havia recursos, que o Orçamento havia sido definido no governo anterior, que eu não teria como fazer as coisas. A gente sentou e discutiu com o Congresso. Os recursos apareceram. Após a eleição, eu vou procurar o Congresso e encontrar uma forma de garantir o Bolsa Família de R$ 600, mais R$ 150 por filho.”, explicou o petista.
Lula falou ainda que a proposta do PT é retomar o Bolsa Família. Segundo ele, o programa garantia a subsistência da população mais pobre, porém tinha critérios para a concessão, tais como a frequência escolar e a manutenção da caderneta de vacina em dia.
Ainda no campo econômico, Lula disse que fará mudanças na política tributária. Entre as ações previstas, estão a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. Além disso, a proposta prevê que a população de baixa renda pague menos tributos, taxando aqueles que ganham mais. “Essa nova política tributária vai ser discutida com o Congresso”, adiantou o petista.
Indagado sobre o motivo de não adiantar os nomes que comporão sua equipe econômica, Lula disse que só fará o anúncio após a divulgação do resultado do segundo turno. “Primeiro, eu preciso ganhar a eleição”, explicou. Ele afirmou que não tomará nenhuma atitude antes de ganhar a eleição.
O petista ainda deixou claro que tentará acabar com o teto de gastos, mas que dentro da responsabilidade fiscal.
“Desde o início do meu primeiro mandato, tivemos superávit primário. Elevamos as reservas cambiais, garantindo que o Brasil não sofresse com as crises internacionais naquela época. É claro que não podemos gastar mais do que arrecadamos. Mas podemos estabelecer ações que garantam o investimento em infraestrutura, dando ao Brasil condições de ser mais competitivo, ter custos menores e gerar empregos e riqueza”, salientou.
Em uma clara referência à proposta de Ciro Gomes (PDT), Lula disse que pretende negociar com as instituições financeiras formas para reduzir o endividamento das famílias. De acordo com o petista, é preciso envolver os partidos e o Congresso Nacional na discussão. Reconhecendo que esta será uma tarefa difícil, o petista adotou um tom religioso e comentou que “impossível é Deus pecar”.
Governo não petista
Durante a entrevista, Lula ressaltou que a sua administração não será um governo do PT apenas.
“Não será um governo petista. Vamos reunir pessoas de todos os campos políticos, pessoas que pensam o Brasil e têm ideias para desenvolver o país. Precisamos reconstruir o Brasil. Queremos em cada área gente capaz de fazer o Brasil crescer em todos os campos, independentemente do partido. Pode ter partido, ser sem partido; para a gente isso não importa”, adiantou Lula.
Sobre a relação com o Congresso Nacional em um eventual governo petista, Lula disse que se pautará pelo diálogo amplo, inclusive com os partidos de oposição, mas “sem reunião secreta” — em uma clara alusão ao orçamento secreto. O petista comentou ainda que não pretende interferir nas eleições das presidências da Câmara e Senado. Arthur Lira (PP-AL) já se colocou como candidato ao comanda da Câmara, o mesmo ocorrendo com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado. Segundo Lula, será estabelecida uma “relação civilizada com o Congresso”
“Não cabe ao presidente da República definir quem vai ser o presidente da Câmara, o presidente do Senado. O que eu vou fazer é discutir com eles, respeitando a independência dos poderes”, disse, adiantando que pretende negociar com o Congresso logo após a divulgação do resultado do segundo turno.
Orçamento participativo
Como forma de enfrentar a influência política do orçamento secreto, Lula aposta na implementação de uma experiência implementada nas prefeituras petistas:
“Vamos colocar o orçamento para ser debatido pela população, via internet. Vamos resgatar a experiência das prefeituras petistas, quando a população ajudava a definir o que era mais importante para ela. Essa é uma arma contra o orçamento secreto.”
Políticas sociais
Além de mencionar a retomada do Bolsa Família, o candidato destacou que em seu governo o salário-mínimo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a verba para a merenda escolar terão aumento real. Lula considerou como “cruel” a falta de reajustes durante o governo Bolsonaro.
“Não dá para passar quatro anos sem aumentar o salário-mínimo, o BPC e a merenda escolar. Essas são áreas em que a gente não pode deixar de atuar”, frisou Lula.
Para a Educação, o ex-presidente prometeu retomar o investimento e “tornar um país exportador não só de commodities, mas também de inteligência, de conhecimento”.
“Durante os meus dois governos e os da Dilma, o orçamento para a área de Educação triplicou. Precisamos investir pesado nas Educação em todos os níveis e fazer com que o Brasil tenha mão de obra de alto nível, capaz de gerar empregos de qualidade”, comentou.
Com relação à origem dos recursos, já que a margem para investimentos do governo federal é limitada, Lula explicou que pretende remanejar verbas do Orçamento, negociando com o Congresso Nacional e envolvendo os governadores no debate sobre as prioridades de cada estado.
“Quando assumi o meu primeiro mandato, diziam que não havia recursos, que o Orçamento havia sido definido no governo anterior, que eu não teria como fazer as coisas. A gente sentou e discutiu com o Congresso. Os recursos apareceram. Após a eleição, eu vou procurar o Congresso e encontrar uma forma de garantir o Bolsa Família de R$ 600, mais R$ 150 por filho.”, explicou o petista.
Lula falou ainda que a proposta do PT é retomar o Bolsa Família. Segundo ele, o programa garantia a subsistência da população mais pobre, porém tinha critérios para a concessão, tais como a frequência escolar e a manutenção da caderneta de vacina em dia.
Ainda no campo econômico, Lula disse que fará mudanças na política tributária. Entre as ações previstas, estão a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. Além disso, a proposta prevê que a população de baixa renda pague menos tributos, taxando aqueles que ganham mais. “Essa nova política tributária vai ser discutida com o Congresso”, adiantou o petista.
Indagado sobre o motivo de não adiantar os nomes que comporão sua equipe econômica, Lula disse que só fará o anúncio após a divulgação do resultado do segundo turno. “Primeiro, eu preciso ganhar a eleição”, explicou. Ele afirmou que não tomará nenhuma atitude antes de ganhar a eleição.
O petista ainda deixou claro que tentará acabar com o teto de gastos, mas que dentro da responsabilidade fiscal.
“Desde o início do meu primeiro mandato, tivemos superávit primário. Elevamos as reservas cambiais, garantindo que o Brasil não sofresse com as crises internacionais naquela época. É claro que não podemos gastar mais do que arrecadamos. Mas podemos estabelecer ações que garantam o investimento em infraestrutura, dando ao Brasil condições de ser mais competitivo, ter custos menores e gerar empregos e riqueza”, salientou.
Em uma clara referência à proposta de Ciro Gomes (PDT), Lula disse que pretende negociar com as instituições financeiras formas para reduzir o endividamento das famílias. De acordo com o petista, é preciso envolver os partidos e o Congresso Nacional na discussão. Reconhecendo que esta será uma tarefa difícil, o petista adotou um tom religioso e comentou que “impossível é Deus pecar”.
Governo não petista
Durante a entrevista, Lula ressaltou que a sua administração não será um governo do PT apenas.
“Não será um governo petista. Vamos reunir pessoas de todos os campos políticos, pessoas que pensam o Brasil e têm ideias para desenvolver o país. Precisamos reconstruir o Brasil. Queremos em cada área gente capaz de fazer o Brasil crescer em todos os campos, independentemente do partido. Pode ter partido, ser sem partido; para a gente isso não importa”, adiantou Lula.
Sobre a relação com o Congresso Nacional em um eventual governo petista, Lula disse que se pautará pelo diálogo amplo, inclusive com os partidos de oposição, mas “sem reunião secreta” — em uma clara alusão ao orçamento secreto. O petista comentou ainda que não pretende interferir nas eleições das presidências da Câmara e Senado. Arthur Lira (PP-AL) já se colocou como candidato ao comanda da Câmara, o mesmo ocorrendo com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado. Segundo Lula, será estabelecida uma “relação civilizada com o Congresso”
“Não cabe ao presidente da República definir quem vai ser o presidente da Câmara, o presidente do Senado. O que eu vou fazer é discutir com eles, respeitando a independência dos poderes”, disse, adiantando que pretende negociar com o Congresso logo após a divulgação do resultado do segundo turno.
Orçamento participativo
Como forma de enfrentar a influência política do orçamento secreto, Lula aposta na implementação de uma experiência implementada nas prefeituras petistas:
“Vamos colocar o orçamento para ser debatido pela população, via internet. Vamos resgatar a experiência das prefeituras petistas, quando a população ajudava a definir o que era mais importante para ela. Essa é uma arma contra o orçamento secreto.”
Políticas sociais
Além de mencionar a retomada do Bolsa Família, o candidato destacou que em seu governo o salário-mínimo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a verba para a merenda escolar terão aumento real. Lula considerou como “cruel” a falta de reajustes durante o governo Bolsonaro.
“Não dá para passar quatro anos sem aumentar o salário-mínimo, o BPC e a merenda escolar. Essas são áreas em que a gente não pode deixar de atuar”, frisou Lula.
Para a Educação, o ex-presidente prometeu retomar o investimento e “tornar um país exportador não só de commodities, mas também de inteligência, de conhecimento”.
“Durante os meus dois governos e os da Dilma, o orçamento para a área de Educação triplicou. Precisamos investir pesado nas Educação em todos os níveis e fazer com que o Brasil tenha mão de obra de alto nível, capaz de gerar empregos de qualidade”, comentou.