Vitor Belfort: 'Eu me sinto fant�stico aos 41 anos'

Perto de enfrentar Lyoto Machida no Rio, lutador diz que se sente muito bem fisicamente e relembra carreira desde o Vale-Tudo

Por ANA CARLA GOMES

Vitor Belfort se sente bem aos 41 anos
Vitor Belfort se sente bem aos 41 anos -

Rio - Vitor Belfort tinha apenas 19 anos quando encarou um evento de Vale-Tudo no Havaí, contra o gigante americano Jon Hess, em 1996. No ano seguinte, ele estreava no UFC, fazendo dois combates numa mesma noite. Hoje, aos 41 anos, o carioca que ganhou o apelido de Fenômeno diz se sentir muito bem fisicamente e se prepara para lutar em casa no UFC 224, contra Lyoto Machida, sábado, na Jeunesse Arena, na Barra. O evento já foi apontado como o último da sua carreira, mas ele deu declarações recentes de que pode seguir lutando.

“Vai parecer clichê o que vou dizer, mas me sinto fantástico aos 41 anos! Se algo mudou, é somente o fato de conhecer melhor meu corpo e saber treinar de uma forma mais inteligente”, diz Vitor.

Em sua última luta na cidade, ele venceu Nate Marquardt por decisão unânime no UFC 212, em junho de 2017. Agora, Vitor está de volta ao Rio diante de Lyoto: “É um privilégio poder lutar na minha cidade natal e ainda com um grande oponente, só tenho que agradecer a Deus”.

Vitor já passou por várias outras organizações em sua carreira, entre elas Pride, Cage Rage, Strikeforce e Affliction. Com a aposentadoria cogitada nos últimos meses, ele volta no tempo ao falar sobre a trajetória, após 21 anos desde a estreia no UFC: “Fico muito feliz de ter aberto essa estrada para tantos profissionais que hoje vivem do nosso esporte. Acredito que serei lembrado como uns dos pioneiros do esporte. Alguém que acreditou em tudo isso quando ninguém acreditava.”

Hoje, até mostra bom humor ao se lembrar da luta contra Jon Hess, em que não existiam regras, em 1996, no SuperBrawl 2. Vitor venceu por nocaute com apenas 12 segundos de luta e chamou a atenção de todos: “Nossa!!! Uma doideira... (risos). O Jon Hess era gigante, experiente e, eu, um menino. Olhavam para mim, meio quase com pena... (risos) Mas eu sabia do meu potencial e tamanho nunca me assustou. Acreditei em mim, na minha equipe, no meu treinamento e fui consciente do que tinha que fazer. O resultado foi um nocaute fantástico! Eu já tinha o exemplo de Davi contra Golias... Então sabia que era bem possível”...

Um ano depois, veio a estreia no UFC, quando era preciso fazer duas lutas na mesma noite. Vitor ganhou de Tra Telligman e Scott Ferrozzo, ambos dos Estados Unidos, por nocaute, e tornou-se o mais jovem a vencer no Ultimate, aos 19 anos. “Na época, era muito jovem... Só queria dar o meu melhor e sabia que faria a diferença no esporte. Sabia que aquilo ali seria uma parte importante na minha vida. Era mais um passo na caminhada que me trouxe até aqui”, conta.

Um dos momentos mais marcantes da carreira aconteceu em 2004 contra Randy Couture, em 2004, quando conquistou o título dos meio-pesados do UFC e usou uma camisa com a imagem da irmã que desapareceu no Rio e o pedido: “Volta, Priscila”.

“Não sei nem explicar... Como tirei força... Foi Deus! Eu sabia que seria uma plataforma gigante para eu expor o desaparecimento dela. Tinha esperança de que seria um caminho para nossa família reencontrá-la. Por isso subi naquele octógono”, afirma Vitor.

O lutador acha que ainda há muito a fazer no mundo da luta: “O MMA está no meu DNA. Acredito que ainda tenha muito para contribuir com o esporte. Ainda mais neste momento de transição por que passamos agora. Somos um esporte ou um entretenimento? São definições que precisamos ter para que todos possam saber o esperar e no que apostar.”

DISPUTA DE CINTURÃO

O UFC 224 será a nona passagem da organização pelo Rio e vai marcar a primeira defesa de cinturão da campeã Amanda Nunes em solo brasileiro. A ‘Leoa’ se tornou dona do título em julho de 2016, quando bateu a então campeã Miesha Tate. Depois, nocauteou Ronda Rousey em 48 segundos na luta em que escreveu seu nome como uma das grandes estrelas da organização. Em seu último duelo, em setembro de 2017, derrotou Valentina Shevchenko por decisão dos juízes.

A adversária no Rio será a americana Raquel Pennington, atual número 2 da divisão. ‘Rocky’, como é conhecida, fez sua estreia no evento em 2013, ano em que a organização inseriu a divisão peso-galo feminino entre suas categorias. Pennington vem de quatro vitórias seguidas, sendo a última sobre Miesha Tate, em novembro de 2016.

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Vitor Belfort se sente bem aos 41 anos Reprodução Facebook
Vitor Belfort se sente bem aos 41 anos Reprodução Instagram
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