Rio - O Fluminense entra em campo, pelo Campeonato Brasileiro, para enfrentar o Vitória, no Barradão. Mas, pelo que o técnico Abel Braga disse após o treino de ontem, no CT da Barra da Tijuca, a sua cabeça está no jogo de quinta-feira, contra o Nacional Potosí, na Bolívia, pela Copa Sul-Americana. Com alguns jogadores reclamando de problemas físicos, o treinador, a contragosto, indicou que fará mudanças no time para poder encarar a altitude boliviana de 4.067m.
"Não vou poupar, mas existem dúvidas em relação a duas ou três posições que eu não vou arriscar. Já estou sem o Ibañez, se eu tiver problema com zagueiro, nem o Nathan e nem o Luan Peres podem jogar lá em Potosí (os dois não estão inscritos na Sul-Americana). Mas não é poupar não, é porque estou sem o Ibañez. De repente não vou poder fazer a formação que eu uso (3-5-2) e talvez tenha que mexer em outra posição para criar uma situação parecida. É complicado, então vamos pensar bem", afirmou.
Abel, no entanto, preferiu voltar suas baterias para a realização de jogos na altitude, algo que, para ele, coloca em risco a integridade física dos atletas.
"Não tem condições jogar com uma altitude de quatro mil metros. É desproporcional. Até o dia em que morrer alguém. Um dia que um for no campo, aí sim tomarão as providências", afirmou.
"Você lembra o Vasco. Venceu bem aqui de 4 a 0 (o Jorge Wilsterman, pela pré-Libertadores), e depois chegou lá em dois mil e oitocentos metros, sofreu quatro gols de cruzamento. É muito difícil", completou o treinador.
Na competição continental, o Flu venceu por 3 a 0 o primeiro jogo, no Maracanã, e poderá perder por até dois gols de diferença.
