Rio - Em 1977, o Vasco foi campeão carioca com a defesa (Orlando Lelé, Abel, Geraldo e Marco Antônio) que ficou conhecida como 'Barreira do Inferno', sendo vazada apenas cinco vezes em 28 jogos. O goleiro Mazaropi, inclusive, bateu o recorde mundial de 1.816 minutos sem sofrer gol. Os tempos são outros, mas a vitória de domingo sobre o Cruzeiro, por 2 a 0, em São Januário, deixou a torcida esperançosa.
Neste Brasileirão, o goleiro vascaíno só não havia buscado a bola no fundo da rede em outras três partidas 1 a 0 Paraná (8ª rodada), 1 a 0 Grêmio (14ª) e 0 a 0 Atlético-MG (20ª).
Coincidência ou não, o entrosamento de longa data entre os zagueiros Werley e Leandro Castan contribuiu para a zaga ter funcionado quase que perto da perfeição contra a Raposa.
"O Castan eu conheço de muito tempo. Fizemos base juntos no Atlético Mineiro. Ele é dois anos mais velho que eu, mas o conheço bem, a sua forma de atuar. Jogamos juntos em outros momentos. Acredito que fizemos um grande jogo contra o Cruzeiro. Foi importante não sofrer gols para aumentar a nossa confiança e fortalecer o sistema defensivo", disse Werley.
Rival na luta contra o Z-4
No sábado, às 19h, na Ilha do Retiro, a bola da vez é o Sport, adversário direto na luta contra o rebaixamento. Werley entende que uma vitória praticamente tira o rival pernambucano do páreo.
"Jogar fora nunca é fácil. Da mesma forma que usamos o fator casa, os adversários também usam. Mas, pela grandeza do Vasco, estamos devendo (o time ainda não ganhou fora do Rio). Se fizermos os três pontos, praticamente matamos o Sport", concluiu.