O momento lastimável do Botafogo neste começo de Campeonato Carioca — duas derrotas (3 a 1 para a Cabofriense e 2 a 1 para o Flamengo, ambas de virada) e um empate (0 a 0 com o Bangu) — passa necessariamente pela seca de gols do ataque, problema que já se arrasta desde 2018.
Nos últimos dez compromissos do Glorioso, apenas um gol foi marcado por centroavante: Brenner (hoje no Goiás), dia 21 de novembro, no 1 a 1 com o Santos, na Vila Belmiro, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Se já não bastasse o jejum, ontem o uruguaio Rodrigo Aguirre rescindiu o contrato e se mandou. Seu provável destino é o futebol equatoriano. Com isso, o técnico Zé Ricardo tem apenas Igor Cássio, da base, e Kieza como centroavantes de origem.
Ao MEIA HORA, o ídolo Túlio Maravilha defendeu o K-9 e destacou que sem armadores, sem o típico camisa 10, não tem como um atacante balançar as redes.
"Se não fizer gols, o artilheiro morre de fome. Mas, sinceramente, eu tenho pena do Kieza. Ele fica muito isolado, o time não joga em função dele. Assim é impossível esperar que qualquer atacante faça gol, pois as oportunidades não aparecem, a bola não chega", afirmou o campeão brasileiro de 1995, que fez um pedido à diretoria.
"Agora, sem o Aguirre, é bom o Botafogo arrumar um dinheiro e contratar. Se não fizer isso logo, vai ficar complicado, principalmente no Campeonato Brasileiro", profetizou.
Será que a fase do ataque do Botafogo é tão ruim que nem o Maravilha seria capaz de dar jeito? Irreverente, o eterno camisa 7 não perdeu a chance de fazer o marketing pessoal. "Olha, do jeito que o futebol anda, posso garantir pelo menos aquela típica presença de área. Isso sem falar no apelo ao público". Fica a dica, Botafogo!