Sai Valderrama, entra Rincón em campo. A substituição poderia ter acontecido na famosa seleção da Colômbia de 1994, mas o jogo era contra o Flamengo, no Maracanã, e o time dos 'colombianos' era a modesta Cabofriense. Assim como a dupla, outros 'xarás' de craques sul-americanos estão espalhados pelo Campeonato Carioca, dando graça a um futebol cheio de nomes e sobrenomes.
O bairro de Madureira não é Buenos Aires, mas tem um Maradona para chamar de seu. Cláudio Maradona é o atacante do Tricolor Suburbano. "Eu era mais novo e meio gordinho, mas no futebol com os amigos eu pegava a bola e driblava todo mundo, não tocava pra ninguém. Fazia muitos gols assim. Todo mundo falava: 'Caramba, ele é gordinho, rápido, parece o Maradona'. Agora, graças a Deus não sou mais gordinho, mas o apelido ficou", comenta o 'xará' do ídolo maior dos 'hermanos'.
Argentino também é o atacante Ángel Di María, companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain. Ele também tem uma versão brasileira: Jefferson 'Di María' joga no Americano. "Começaram a me chamar assim na base, por causa da semelhança física. O apelido continuou no Americano. Acho que não chega a me prejudicar, porque somos parecidos apenas fisicamente", disse.
Os craques sul-americanos também dão as caras na Cabofriense. Lá está a dupla Valderrama e Rincón, 'tipo colômbia'. "Sei que o apelido é por causa do estilo do meu cabelo, e também pela posição", comentou Valderrama, que é Diego na certidão. Rincón, ao contrário do amigo, foi batizado assim mesmo. "Meu pai me deu esse nome por causa do colombiano, o volante que jogou no Corinthians. Ele gostava 'pra caraca' dele. Eu levo na boa", comentou o atacante.