Brasília - A 'Voz do Brasil', programa diário e obrigatório em todas as emissoras de rádio do país, bem que poderia ser um segundo apelido para o Clássico dos Milhões. Os gigantes Vasco e Flamengo, que se enfrentam pela 15ª rodada do Brasileirão, são dois dos clubes do país com mais torcedores fora do próprio estado. Até por isso, a rivalidade aflora quando o clássico é longe do Rio, como é o duelo deste sábado (17) no Mané Garrincha. A tradicional trilha de entrada do programa já dizia: "Em Brasília, 19 horas".
Flamengo e Vasco é quem mais movimentaram os estádios 'elefantes brancos', construídos para a Copa do Mundo de 2014 em regiões de pouca tradição no futebol. À exceção dos clubes do Distrito Federal, o Rubro-Negro é o que mais pisou no Mané Garrincha, palco de hoje: são 24 jogos. O Vasco é o segundo, com 12, e o Fluminense o terceiro, com nove. Já a Arena da Amazônia recebeu mais jogos do Vasco (sete) do que Flamengo (cinco). Clássicos foram quatro: dois no antigo Vivaldão, outros dois na arena atual. A Arena Cuiabá recebeu um Flamengo e Vasco, em 2015.
Jogos nervosos no Mané Garrincha
O Mané Garrincha já presenciou duelos estranhos. Em 2013, Juninho Pernambucano fez um gesto obsceno para a torcida do Flamengo. Em 2016, a temperatura sumiu entre o vascaíno Rodrigo e o rubro-negro Guerrero: o zagueiro chegou a beliscar o mamilo do atacante. Naquele mesmo jogo (1 a 1), Riascos quase arrumou confusão ao comemorar encarando a torcida rival.
No Campeonato Carioca de 2017, o árbitro Luiz Antônio Silva dos Santos, o Índio, simulou ter recebido uma 'peitada' de Luis Fabiano, antes de expulsá-lo. O último duelo na capital federal deu calafrios: o cruzmaltino Bruno Silva se chocou com o próprio companheiro de time e caiu desacordado. A ambulância entrou no gramado, mas empacou no momento de retirá-lo. Os jogadores precisaram empurrar o veículo, em cena constrangedora que rodou o mundo.