Sem Vanderlei Luxemburgo, que pediu alto e acabou fechando com o Palmeiras, o Vasco apelou para o passado e já tem um 'velho novo' comandante para 2020: Abel Braga, que, após longa reunião de mais de três horas, aceitou o desafio. Será a terceira passagem de Abelão como treinador no clube, retornando após 20 anos. O contrato é até o fim de 2020, quando também acaba o mandato do presidente Alexandre Campello.
O nome foi rapidamente escolhido pela diretoria cruzmaltina, desde a saída de Luxemburgo, na sexta-feira. Mas os problemas financeiros do clube atrasaram o acerto. As condições vinham sendo negociadas nos últimos dias e foram um dos motivos para a demora na reunião, que durou mais de três horas na tarde de ontem.
Por ter um perfil de administrar elencos com problemas de atrasos salariais e experiente para pressões, Abelão foi considerado ideal para o momento complicado do Vasco. Por outro lado, o clube será uma chance de redenção do treinador, que vivenciou um 2019 complicado, com trabalho muito contestado no Flamengo, onde pediu demissão, e péssimo aproveitamento no rebaixado Cruzeiro, sendo demitido a três rodadas do fim. Junto a ele, chega seu auxiliar Leomir.
Longa relação
Como jogador do Vasco, Abel conquistou o Carioca de 1977 e foi convocado para a Copa do Mundo de 1978, na Argentina. Depois, foi jogar no exterior e só retornou a São Januário em 1995, já como técnico, mas sem muito sucesso.
A segunda chance veio em 2000, quando comandou Romário. Seu melhor momento foi a conquista da Taça Guanabara no famoso jogo do chocolate, quando o Cruzmaltino goleou o rival Flamengo por 5 a 1 no Maracanã.
Como técnico do Vasco, Abel Braga já estará de olho no sorteio da Copa Sul-Americana, que acontece hoje, a partir das 22h, em Luque, no Paraguai. O Vasco, que está no pote dois, ao lado dos brasileiros Fortaleza, Goiás, Bahia, Atlético-MG e Fluminense, poderá enfrentar equipes do pote um, da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.