O técnico Abel Braga, atualmente no Vasco, deixou o comando do Flamengo há meses, mas voltou a ter o seu nome ligado ao Rubro-Negro nos últimos dias, quando surgiu a informação de que o treinador iria à Justiça cobrar valores referentes a metas conquistadas durante a sua passagem no Ninho do Urubu.
Apesar do posicionamento do treinador, o departamento jurídico do Mais Querido entende que não há mais qualquer tipo de débito com Abelão. E o motivo é muito simples e bem claro de se compreender.
Em contato com a reportagem do MEIA HORA, Rodrigo Dunshee, vice-jurídico e vice-presidente do Flamengo, garantiu que Abel assinou documentos comprovando que não teria direito a mais débitos no futuro.
"O documento firmado quando ele (Abel) saiu diz que o valor recebido naquele momento era tudo que cabia a receber. Abel deu quitação, e o Fla também. Ele estava assistido pelo advogado", contou Rodrigo, confiante de que o caso não terá maiores desdobramentos.
A declaração do dirigente ocorreu no dia seguinte ao da entrevista de Abel à Rádio Grenal, quando o treinador confirmou que consultou seu advogado: "Eu tinha direito a algumas bonificações em cima do que fosse conquistado. Se eu participei de alguns jogos e conquistaram o título no final, mereço a minha porcentagem. O advogado falou que eu teria direito, mas não estou preocupado com isso agora. Deixamos isso para depois", disse.
Abelão ficou quase seis meses no Flamengo. Chegou ao clube em janeiro e pediu demissão no fim de maio, depois de descobrir que a diretoria estaria negociando com outro treinador — no caso o português Jorge Jesus, que, à frente do time rubro-negro, conquistou os títulos do Brasileiro e da Libertadores, além de ser vice-campeão mundial de clubes.