O impacto econômico causado pela pandemia do novo coronavírus é o mais duro adversário para a família do jovem volante Juninho, de 19 anos. Destaque do Vasco na Copa São Paulo de Futebol Júnior, o garoto tem segurado a onda em casa. Alexandre, pai da revelação, tira o seu sustento de uma barraquinha de doces e balas em Vargem Grande, na Zona Oeste.
Com o isolamento social como principal medida de prevenção à doença, a situação ficou mais apertada para Juninho e sua família. O jogador subiu para o time profissional nesse ano, o que ainda não o possibilita a ter um contrato financeiro mais confortável.
"Está muito difícil. Eles em alguns momentos passam dificuldades e é complicado. Tento ajudar da maneira que eu posso. Eles são guerreiros e vamos todos juntos superar isso", disse a promessa, em entrevista ao site UOL.
Além da determinação do pai, Juninho tem no irmão mais novo, Matheus, de sete anos, uma força ainda maior para vencer no futebol. Quando o caçula tinha apenas um ano, um tipo de câncer o deixou cego do olho esquerdo.
Na base, sempre que Juninho fazia um gol, a comemoração era tapando um dos olhos em homenagem a Matheus. Agora, sonhando com a conquista de um espaço no concorrido mundo do futebol, o volante espera se firmar no Gigante da Colina, onde já fez 11 partidas — quatro como titular — e não balançou as redes.