A reunião do Conselho Técnico da CBF na próxima semana promete gerar muito debate. Além da votação sobre o aumento do número de estrangeiros entre os relacionados para as partidas, os dirigentes votarão sobre a perda de pontos em casos de racismo nos campeonatos nacionais. Porém, os clubes mostram resistência com a sugestão, de acordo com o "ge".
No I Seminário de Combate ao Racismo e à Violênica no Futebol, realizado no ano passado, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, prometeu levar a discussão para os clubes. No pensamento do mandatário, apenas a punição desportiva em que qualquer ponto pode significar título ou rebaixamento ajudaria a educar a torcedores e clubes de maneira geral.
O "ge" entrou em contato com os 40 clubes que disputam a primeira e segunda divisão do Brasileirão e apenas seis votaram a favor da perda dos pontos em casos de racismo: América-MG, Fluminense, Náutico, Ponte Preta, Sampaio Corrêa e Vasco. Já Atlético-GO, Bragantino, Santos, Chapecoense, Criciúma, CSA e Tombense foram contrato, enquanto o resto não se manifestou.
No Regulamento Geral de Competições da CBF, não há penalização para casos de racismo. Já no Código Brasileiro de Justiça Desportiva, há previsão de perda de pontos para casos do tipo. Em 2022, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva bateu recorde de julgamentos de casos de racismo.