Escândalo das apostas: CBF emite nota, e Ministro da Justiça determina abertura de inquérito

CBF também comunicou que 'não há qualquer possibilidade' do Campeonato Brasileiro ser suspenso

Sede da CBF, no Rio de Janeiro
Sede da CBF, no Rio de Janeiro -
Nesta quarta-feira, 10, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou a abertura de um inquérito na Polícia Federal para investigar o escândalo das manipulações em apostas esportivas no futebol brasileiro. A informação foi confirmada pelo próprio ministro, por meio das redes sociais.
"Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis", escreveu Flávio Dino.
Minutos depois, a CBF emitiu uma nota para informar que enviou um ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça. O documento pede que a PF entre no caso para centralizar todas as informações a respeito da investigação. A entidade também aproveitou para comunicar que "não há qualquer possibilidade" do Campeonato Brasileiro ser suspenso.   
"Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ao site da entidade.
VEJA A NOTA PUBLICADA PELA CBF
Com relação a suspeitas de envolvimento de atletas de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, em possíveis atos de manipulação de resultados de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário.

A CBF ressalta, ainda, que não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos.

Na reunião ocorrida no último dia 7/03, na sede da entidade, com a participação de Promotores e Procuradores de Justiça de diferentes estados do país e do Conselho Nacional do Ministério Público, a Confederação já havia se colocado à disposição para subsidiar situações desse tipo, sempre que acionada.

A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente.

"Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial ", assinalou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Ednaldo Rodrigues é o presidente da CBF
Ednaldo Rodrigues é o presidente da CBF Divulgação