A suspensão da punição é válida até o julgamento do recurso. No entendimento do auditor relator Marco Aurélio Choy, integrante do Pleno do STJD, o recurso sequer poderia ser julgado, caso Abel já cumprisse os dois jogos fora do comando do time.
Choy também destacou que o gesto obsceno feito por Abel e que lhe causou a suspensão aconteceu na Copa do Brasil, competição da qual o Palmeiras já foi eliminado. "(O Palmeiras) já tem importante partida para disputa pelo Campeonato Brasileiro de Futebol, o que caracterizaria o potencial perigo da demora, ensejadora da presente medida", escreveu o relator.
O treinador foi julgado pela 4ª Comissão Disciplinar do STJD nesta quinta-feira. Ele foi denunciado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética esportiva, como desrespeitar os membros da arbitragem. A pena era de um a seis jogos.
O lance que provocou a expulsão do treinador aconteceu aos 38 minutos do segundo tempo após recomendação do VAR que flagrou Abel apontando para a genitália à beira do campo. O Palmeiras venceu o Flamengo por 1 a 0, mas acabou eliminado por ter sido derrotado no jogo de ida, no Rio, por 2 a 0.
Anderson Daronco, árbitro do jogo, justificou a expulsão de Abel como gesto obsceno contra a decisão do juiz. À época, o comandante palmeirense afirmou que o ato não foi direcionado à equipe de arbitragem.
Neste sábado, o clube terá pela frente o confronto com o Atlético-MG no estádio Brinco de Ouro, em Campinas. O Palmeiras luta pelo título e está a três pontos do líder Botafogo (53 a 50).