Missão impossível no WSL Finals? Tati Weston-Webb sem pressão e Ítalo Ferreira quer intensidade
Por Agência Estado
Publicado às 06/09/2024 07:35:17"Não estou sentindo pressão. Na verdade, é o oposto. Ganhar a medalha de prata foi um sonho realizado. Depois disso, caiu muito a responsabilidade. É por isso que eu fui tão bem, lá em Fiji (terminou em segundo lugar na etapa de Cloudbreak). Na verdade, estou me sentindo orgulhosa", afirmou a brasileira.
Competição que define o campeão mundial, o WSL Finals reúne os cinco primeiros colocados dos rankings feminino e masculino dentro do formato eliminatório. A edição deste ano acontece em Trestles, na Califórnia.
Questionada sobre estratégia para conseguir o título, Tati foi direta ao ponto. "Vou acreditar em mim e fé em Deus. Tenho bastante confiança e nada a perder nessas finais. Estou me sentindo super bem. Minhas pranchas são ótimas e estou gostando muito do meu surfe. É só encaixar no dia e tomar boas decisões nas baterias", comentou.
Na quinta colocação do ranking do Finals, só a vitória interessa à brasileira para ficar com o troféu. Diante desse cenário, ela não quis apontar a rival mais difícil a ser batida. "Não penso em nenhuma adversária, só em mim. Sei que a primeira bateria vai ser contra a Molly Picklum (da Austrália). Estou só pensando nisso", comentou.
Em caso de triunfo, a segunda adversária nesta lista é Brisa Hennessy, da Costa Rica, terceira na lista. Caroline Marks, dos Estados Unidos, fica na espera de quem vencer essa disputa. A final vai ser contra a também americana Caitlin Simmers, a número um.
Com essa maratona pela frente, Tati se apega ainda mais na parte psicológica e na eficiência do seu estafe. "Estava falando com a minha psicóloga para conseguir manter essa emoção alta. Confio no meu time", declarou.
ÍTALO FERREIRA BUSCA O SEGUNDO TÍTULO NA WSL
Intensidade. Essa tem sido a rotina de treinos de Italo Ferreira desde que garantiu um lugar (5ª posição) entre os cinco melhores do ranking para buscar o seu segundo título na WSL. Campeão do circuito em 2019, e medalha de ouro nos Jogos de Tóquio-2020, que foram realizados em 2021, ele vem se dedicando ao máximo para voltar a ser o melhor do mundo.
"É a terceira vez que me classifico para o Finals. Em 2022, fiquei bem próximo e perdi para o Filipe (Toledo). Agora vou ter a chance de repetir novamente começando na quinta posição", afirmou o surfista que procurou mostrar um lado positivo em cima do fato de ter que vencer todas as baterias para ficar com o troféu.
"É uma jornada longa, quase uma missão impossível, mas estou preparado. O legal do quinto (lugar) é que você vem passando de um por um e vai ganhando confiança. Hoje em dia consigo disputar de igual para igual com qualquer um. Venci no Taiti, perdi em El Salvador e ganhei no Brasil. É o que meu pai fala: se deixar chegar, vão ter de aguentar", comentou o brasileiro em entrevista coletiva.
Ítalo abre a disputa contra o quarto colocado Ethan Ewing. Em caso de vitória, ele enfrenta o também australiano Jack Robinson, terceiro da lista. Nesta maratona, Griffin Colapinto é o próximo a ser batido. A bateria que vale o título vai ser contra o havaiano John John Florence. "É tentar definir logo no início para conseguir manter o ritmo até o final", disse.
No masculino, o Brasil pode chegar ao oitavo título em dez edições. Já no feminino esta pode ser a primeira conquista. Independentemente do resultado, a chegada com dois representantes nacionais no Finals mantém a tradição brasileira de sempre estar na briga. Vale lembrar que desde que a WSL adotou o formato Finals para definir o campeão mundial, só os brasileiros venceram entre os homens. Em 2021, o troféu ficou com Gabriel Medina. Nas duas edições seguintes, a taça do circuito mundial foi para as mãos de Filipe Toledo.